MMMMMM
http://youtu.be/HwcG3mYo5Kk******************************
http://www.postmoney.com.br/share.asp?cp=754275
sábado, 9 de novembro de 2013
Manoel de Barros - apenas dez por cento de mentira ou noventa por cento de verdade
MMMMMM
http://youtu.be/UZrdTYiA_jo**************************************************** http://saravcaldas.blogspot.pt/ ************************************* http://www2.dlc.ua.pt/classicos/Trimalquiao.pdf
http://youtu.be/UZrdTYiA_jo**************************************************** http://saravcaldas.blogspot.pt/ ************************************* http://www2.dlc.ua.pt/classicos/Trimalquiao.pdf
Deaf Center - Close Forever Watching
MMMMMMM
http://youtu.be/-g-mPSO5qEA
http://youtu.be/-g-mPSO5qEA
Etiquetas:
Deaf Center - Close Forever Watching
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Signora Bovary - Francesco Guccini
MMMMMMMMM
Signora Bovary - Francesco Guccini
Ma che cosa c'e'
in fondo a quest'oggi
di mezza festa e di quasi male,
di coppie che passano sfilacciate
come garze stese
contro il secco cielo autunnale
di gente che si frantuma
in un fiato
senza soffrire, senza capire
e i tuoi pensieri
sono solo uno iato
tra addormentarsi e morire.
Ma che cosa c'e'
in fondo a questa notte,
quando l'ora del lupo guaisce
e il nuovo giorno non arriva mai
e il buio e' un fischio
lontano che non finisce
di minuti lunghi come il sudore
di ore che tagliano come falci
e i tuoi pensieri
solo un cane in chiesa
che tutti prendono a calci.
Ma cosa c'e', cosa c'e'...
atrii a piastrelle
di stazioni secondarie,
strade piu' strade
di avventure solitarie,
clown nella notte,
valigie vuote,
piene di trucchi
per tragedie immaginarie...
telecomandi
per i quotidiani inferni,
battute argute
di architetti postmoderni,
amanti andate,
piaceri a rate,
pallottolieri
per contare estati e inverni.
Ma cosa c'e'
proprio in fondo in fondo,
quando bene o male
faremo due conti,
e i giorni goccioleranno
come i rubinetti nel buio
e diremo
"...un momento... aspetti..."
per non essere mai pronti;
signora Bovary, coraggio pure,
tra gli assassini
e gli avventurieri...
in fondo a quest'oggi
c'e' ancora la notte,
in fondo alla notte
c'e' ancora, c'e' ancora...
Madame Bovary - Francesco Sinatra
Mas o que há
no final de hoje
Metade da celebração e quase mal,
dos casais que passam desgastados
como gaze esticada
contra o céu de outono seco
de pessoas que estilhaça
em um só fôlego
sem sofrimento, sem entender
e seus pensamentos
são apenas um hiato
entre adormecer e morrer.
Mas o que há
no final desta noite ,
quando a hora do uivos de lobo
eo novo dia nunca chega
e no escuro e ' um apito
agora que não termina
minutos de duração como o suor
de horas que cortam como foices
e seus pensamentos
apenas um cão na igreja
tudo o que chutar.
Mas o que , o que ...
atria a telha
Estação secundário,
ruas mais ' estradas
de aventuras solitárias ,
palhaço no meio da noite ,
malas vazias ,
cheio de truques
para tragédias imaginárias ...
controles remotos
para jornais diários infernos,
brincadeiras espirituosas
de arquitetos pós-modernos ,
Os amantes ir,
prazeres em parcelas,
ábacos
contar para os verões e invernos .
Mas o que é '
direito , na parte inferior ,
quando boa ou má
vamos fazer as contas ,
e os dias de gotejamento
como as torneiras no escuro
e dizer
" ... Aguarde ... aguarde ... "
nunca estar pronto ;
Madame Bovary , coragem , bem como,
entre os assassinos
e aventureiros ...
no final de hoje
há "ainda noite ,
no final da noite
lá 'ainda , há ainda ...
http://youtu.be/l8TgzKlxeMA
Signora Bovary - Francesco Guccini
Ma che cosa c'e'
in fondo a quest'oggi
di mezza festa e di quasi male,
di coppie che passano sfilacciate
come garze stese
contro il secco cielo autunnale
di gente che si frantuma
in un fiato
senza soffrire, senza capire
e i tuoi pensieri
sono solo uno iato
tra addormentarsi e morire.
Ma che cosa c'e'
in fondo a questa notte,
quando l'ora del lupo guaisce
e il nuovo giorno non arriva mai
e il buio e' un fischio
lontano che non finisce
di minuti lunghi come il sudore
di ore che tagliano come falci
e i tuoi pensieri
solo un cane in chiesa
che tutti prendono a calci.
Ma cosa c'e', cosa c'e'...
atrii a piastrelle
di stazioni secondarie,
strade piu' strade
di avventure solitarie,
clown nella notte,
valigie vuote,
piene di trucchi
per tragedie immaginarie...
telecomandi
per i quotidiani inferni,
battute argute
di architetti postmoderni,
amanti andate,
piaceri a rate,
pallottolieri
per contare estati e inverni.
Ma cosa c'e'
proprio in fondo in fondo,
quando bene o male
faremo due conti,
e i giorni goccioleranno
come i rubinetti nel buio
e diremo
"...un momento... aspetti..."
per non essere mai pronti;
signora Bovary, coraggio pure,
tra gli assassini
e gli avventurieri...
in fondo a quest'oggi
c'e' ancora la notte,
in fondo alla notte
c'e' ancora, c'e' ancora...
Madame Bovary - Francesco Sinatra
Mas o que há
no final de hoje
Metade da celebração e quase mal,
dos casais que passam desgastados
como gaze esticada
contra o céu de outono seco
de pessoas que estilhaça
em um só fôlego
sem sofrimento, sem entender
e seus pensamentos
são apenas um hiato
entre adormecer e morrer.
Mas o que há
no final desta noite ,
quando a hora do uivos de lobo
eo novo dia nunca chega
e no escuro e ' um apito
agora que não termina
minutos de duração como o suor
de horas que cortam como foices
e seus pensamentos
apenas um cão na igreja
tudo o que chutar.
Mas o que , o que ...
atria a telha
Estação secundário,
ruas mais ' estradas
de aventuras solitárias ,
palhaço no meio da noite ,
malas vazias ,
cheio de truques
para tragédias imaginárias ...
controles remotos
para jornais diários infernos,
brincadeiras espirituosas
de arquitetos pós-modernos ,
Os amantes ir,
prazeres em parcelas,
ábacos
contar para os verões e invernos .
Mas o que é '
direito , na parte inferior ,
quando boa ou má
vamos fazer as contas ,
e os dias de gotejamento
como as torneiras no escuro
e dizer
" ... Aguarde ... aguarde ... "
nunca estar pronto ;
Madame Bovary , coragem , bem como,
entre os assassinos
e aventureiros ...
no final de hoje
há "ainda noite ,
no final da noite
lá 'ainda , há ainda ...
http://youtu.be/l8TgzKlxeMA
Etiquetas:
Signora Bovary - Francesco Guccini
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Dinah Washington & Max Richter-This bitter earth - On the nature of daylight
MMMMMMMMMMM
http://youtu.be/jXHGoaEtmFM
http://youtu.be/jXHGoaEtmFM
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Michael Chance - Vergnugte Ruh, beliebte Seelenlust.
MMMMMMMM
http://youtu.be/H3b33Gnirug
http://youtu.be/H3b33Gnirug
Etiquetas:
beliebte Seelenlust.,
Michael Chance - Vergnugte Ruh
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Ler Mais Ler Melhor Livro da Vida de Hélia Correia
MMMMMMMMM
O Monte dos Vendavais «Romance de Emilie Jane Brontë, cujo título original é Wuthering Heights, publicado em 1847, é uma referência da literatura inglesa. A história desenrola-se nas charnecas bucólicas de Yorkshire, em Inglaterra, no período pré-vitoriano, e é narrada (através de analepses) por Mrs. Nelly Dean, a governanta da família Earnshaw, a Lockwood, um cavalheiro que está de passagem por aquela região. Mr. Earnshaw, após uma viagem a Liverpool, leva para a sua propriedade, o Monte dos Vendavais (assim conhecida devido aos fortes ventos que se faziam sentir naquelas charnecas), um rapaz órfão, Heathcliff, que educa como se fosse seu filho. No início, os dois filhos biológicos de Mr. Earnshaw, Hindley e Catherine, detestam Heathcliff; todavia, à medida que o tempo passa, este e Catherine tornam-se inseparáveis e apaixonam-se um pelo outro. Mas, Hindley continua a maltratar Heathcliff, e o pai envia o filho para um colégio, mantendo o órfão em casa. Passados três anos, morre Mr. Earnshaw, e Hindley, herdando a propriedade, regressa a casa, já casado com a jovem Frances. Decide então vingar-se de Heathcliff, tratando-o como um vulgar empregado da casa e obrigando-o a trabalhar nos campos. Mais tarde, morre Frances ao dar à luz Hareton; Hindley torna-se bêbado e cada vez mais cruel para com Heathcliff. Num esforço de ascensão social, Catherine, o grande amor da vida de Heathcliff, casa com Edgar Linton da Herdade Trushcross, vizinha do Monte dos Vendavais. E aquele abandona a casa onde fora acolhido. Regressado rico, Heathcliff decide vingar-se de todos os que com ele foram injustos. Depois da morte de Hindley, herda o Monte dos Vendavais e, com o objetivo de se apoderar também da Herdade Thrushcross, casa-se, por interesse, com Isabella Linton, que passa a tratar cruelmente. Catherine vem a falecer após o nascimento da filha, a quem pôs o seu nome, facto que desespera Heathcliff que pede à alma da sua amada que o atormente e persiga para não ficar sozinho, longe dela. Pouco tempo depois, a esposa de Heathcliff, sempre infeliz, abandona-o e refugia-se em Londres, onde dá à luz Linton. Este, mais tarde, após o falecimento da mãe, vai viver com o pai, que o trata agressivamente. Linton conhece a jovem Catherine e entre eles estabelece-se uma relação amorosa. Mas a jovem apercebe-se rapidamente de que a aproximação do rapaz é forçada por Heathcliff, com a finalidade de se apoderar da Herdade Thrushcross. Com efeito, Heathcliff consegue que Catherine case com o jovem Linton, que, pouco tempo depois, morre. Falecido também Edgar Linton, pai de Catherine, Heathcliff passa finalmente a deter o controlo das duas propriedades, obriga a nora a trabalhar como criada no Monte dos Vendavais. Aluga a Herdade Thrushcross a Lockwood, o cavalheiro que visitava a região, narratário das histórias daquela grande família. Mais tarde, Heathcliff, completamente louco e obcecado pela memória de Catherine, persegue o fantasma da sua amada, e, numa noite, ao vaguear pela charneca, morre. A viúva Catherine, apaixona-se por Harenton, filho de Hidley e France, e casam. Ficam os proprietários do Monte dos Vendavais e da Herdade Thrushcross. Depois do que ouviu à governanta, o narratário sente vontade de visitar os túmulos de Catherine e Heathcliff. O romance apresenta não só romantismo poético, como também realismo violento e perturbador. Possui uma estrutura complexa e as suas personagens revelam um carácter profundo e forte. A obra foi adaptada para cinema, com título homónimo, destacando-se o filme de William Wyler (1939) e o de Peter Kosminsky (1992); este tem as interpretações de Juliette Binoche e Ralph Fiennes.»
http://youtu.be/PlaWKwoURHs
O Monte dos Vendavais «Romance de Emilie Jane Brontë, cujo título original é Wuthering Heights, publicado em 1847, é uma referência da literatura inglesa. A história desenrola-se nas charnecas bucólicas de Yorkshire, em Inglaterra, no período pré-vitoriano, e é narrada (através de analepses) por Mrs. Nelly Dean, a governanta da família Earnshaw, a Lockwood, um cavalheiro que está de passagem por aquela região. Mr. Earnshaw, após uma viagem a Liverpool, leva para a sua propriedade, o Monte dos Vendavais (assim conhecida devido aos fortes ventos que se faziam sentir naquelas charnecas), um rapaz órfão, Heathcliff, que educa como se fosse seu filho. No início, os dois filhos biológicos de Mr. Earnshaw, Hindley e Catherine, detestam Heathcliff; todavia, à medida que o tempo passa, este e Catherine tornam-se inseparáveis e apaixonam-se um pelo outro. Mas, Hindley continua a maltratar Heathcliff, e o pai envia o filho para um colégio, mantendo o órfão em casa. Passados três anos, morre Mr. Earnshaw, e Hindley, herdando a propriedade, regressa a casa, já casado com a jovem Frances. Decide então vingar-se de Heathcliff, tratando-o como um vulgar empregado da casa e obrigando-o a trabalhar nos campos. Mais tarde, morre Frances ao dar à luz Hareton; Hindley torna-se bêbado e cada vez mais cruel para com Heathcliff. Num esforço de ascensão social, Catherine, o grande amor da vida de Heathcliff, casa com Edgar Linton da Herdade Trushcross, vizinha do Monte dos Vendavais. E aquele abandona a casa onde fora acolhido. Regressado rico, Heathcliff decide vingar-se de todos os que com ele foram injustos. Depois da morte de Hindley, herda o Monte dos Vendavais e, com o objetivo de se apoderar também da Herdade Thrushcross, casa-se, por interesse, com Isabella Linton, que passa a tratar cruelmente. Catherine vem a falecer após o nascimento da filha, a quem pôs o seu nome, facto que desespera Heathcliff que pede à alma da sua amada que o atormente e persiga para não ficar sozinho, longe dela. Pouco tempo depois, a esposa de Heathcliff, sempre infeliz, abandona-o e refugia-se em Londres, onde dá à luz Linton. Este, mais tarde, após o falecimento da mãe, vai viver com o pai, que o trata agressivamente. Linton conhece a jovem Catherine e entre eles estabelece-se uma relação amorosa. Mas a jovem apercebe-se rapidamente de que a aproximação do rapaz é forçada por Heathcliff, com a finalidade de se apoderar da Herdade Thrushcross. Com efeito, Heathcliff consegue que Catherine case com o jovem Linton, que, pouco tempo depois, morre. Falecido também Edgar Linton, pai de Catherine, Heathcliff passa finalmente a deter o controlo das duas propriedades, obriga a nora a trabalhar como criada no Monte dos Vendavais. Aluga a Herdade Thrushcross a Lockwood, o cavalheiro que visitava a região, narratário das histórias daquela grande família. Mais tarde, Heathcliff, completamente louco e obcecado pela memória de Catherine, persegue o fantasma da sua amada, e, numa noite, ao vaguear pela charneca, morre. A viúva Catherine, apaixona-se por Harenton, filho de Hidley e France, e casam. Ficam os proprietários do Monte dos Vendavais e da Herdade Thrushcross. Depois do que ouviu à governanta, o narratário sente vontade de visitar os túmulos de Catherine e Heathcliff. O romance apresenta não só romantismo poético, como também realismo violento e perturbador. Possui uma estrutura complexa e as suas personagens revelam um carácter profundo e forte. A obra foi adaptada para cinema, com título homónimo, destacando-se o filme de William Wyler (1939) e o de Peter Kosminsky (1992); este tem as interpretações de Juliette Binoche e Ralph Fiennes.»
http://youtu.be/PlaWKwoURHs
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Ana Margarida de Carvalho - Episódio 31 Bairro Alto
Ana Margarida de Carvalho
- Episódio 31
Bairro Alto
http://www.rtp.pt/play/p1075/e131859/bairroalto
- Episódio 31
Bairro Alto
http://www.rtp.pt/play/p1075/e131859/bairroalto
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
O outono toca realejo
O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida.
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dolorido
De carícia a contrapelo.
Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma.
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
Mario Quintana
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida.
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dolorido
De carícia a contrapelo.
Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma.
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
Mario Quintana
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Bach - Cantate BWV 170 - Vergnügte Ruh', beliebte Seelenlust
MMMMMMMM
Peinture - Gemälde - Painting La Méridienne ou La Sieste (Vincent Van Gogh)
http://youtu.be/oJqQiiX5YIA
Peinture - Gemälde - Painting La Méridienne ou La Sieste (Vincent Van Gogh)
http://youtu.be/oJqQiiX5YIA
J.S. Bach / Himmelskönig, sei willkommen, BWV 182 (Rifkin)
MMMMMMMMMMM
http://youtu.be/X2dCsOLpPpM
http://youtu.be/X2dCsOLpPpM
Etiquetas:
BWV 182 (Rifkin),
J.S. Bach / Himmelskönig,
sei willkommen
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Bach - Cantate BWV 51 - Jauchzet Gott in allen Landen!
Bach - Cantate BWV 51 - Jauchzet Gott in allen Landen!
http://youtu.be/SlsZXI-Pvrs
Edith Mathis/ BACH - Cantata BWV 51 "Jauchzet Gott in allen Landen
Edith Mathis/ BACH - Cantata BWV 51 "Jauchzet Gott in allen Landen
http://youtu.be/TBcCGb5A6d4
Apparat - Not A Good Place
http://youtu.be/BHoZHsJuoLg http://aminhatravessadoferreira.blogspot.pt/
Etiquetas:
Apparat - Not A Good Place,
música
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
John Cage (1912-1992): Experiences No.1
______________John Cage 100 (1912-2012)__________
John Cage (1912-1992): Experiences No.1, for 2 pianos (1945/1948).
Richard Bernas, piano duo (sovrainciso).
The manuscript, used for publication, was written at Black Mountain College, North Carolina, in 1948. (One manuscript mentions: "original now replaced by tranparencies").
Experiences I does not represent virtuoso music. Form and material are very simple and demonstrate the influence of the music of Erik Satie. Only the white keys are used and the piece is written in the Aeolian church mode. (Fonte: Web).
http://youtu.be/5YXzs2Xlv-g
Etiquetas:
John Cage (1912-1992): Experiences No.1
John Cage (1912-1992): Experiences No.2
______________John Cage 100 (1912-2012)__________
John Cage (1912-1992): Experiences No.2, for voice unaccompanied (1948)
Robert Wyatt, voice.
The text for this composition is from III, one of Sonnets - Unrealities of Tulips and Chimneys by Edward Estlin Cummings.
The music was written for the dance by Merce Cunningham and follows the rhythmic structure of it. The melodic line is almost identical to that of Experiences I.
(Fonte: Web).
http://youtu.be/ffv6w2vFkJM
Etiquetas:
John Cage (1912-1992): Experiences No.2
domingo, 6 de outubro de 2013
Hilary Hahn - Tchaikovsky
http://youtu.be/5duiO04wuyg*****http://youtu.be/h68gsvNP05M***http://youtu.be/5duiO04wuyg***http://youtu.be/h68gsvNP05M****http://youtu.be/ZskDPr68saM
Etiquetas:
concerto,
Hilary Hahn,
Tchaikovsky,
violino
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Ennio Morricone - Una pistola per ringo, main titles, instrumental - EnnioMorricone
http://youtu.be/kvqQ2wSyYZ0
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Dustin Kensrue - Rejoice
Come and stand before your Maker
Full of wonder, full of fear
Come behold His power and glory
Yet with confidence draw near
For the one who holds the heavens
And commands the stars above
Is the God who bends to bless us
With an unrelenting love
Rejoice, come and lift your hands and
Raise your voice, He is worthy of our praise
Rejoice, sing of mercies of your King
And with trembling, rejoice
We are children of the promise
The beloved of the Lord
Won with everlasting kindness
Bought with sacrificial blood
Bringing reconciliation
To a world that longs to know
The affections of a Father
Who will never let them go
Rejoice, come and lift your hands and
Raise your voice, He is worthy of our praise
Rejoice, sing of mercies of your King
And with trembling, rejoice
All our sickness, all our sorrows
Jesus carried up the hill
He has walked this path before us
He is walking with us still
Turning tragedy to triumph
Turning agony to praise
There is blessing in the battle
So take heart and stand amazed
Rejoice, when you cry to Him He hears
Your voice, He will wipe away your tears
Rejoice, in the midst of suffering
He will help you sing
Rejoice, come and lift your hands and
Raise your voice, He is worthy of our praise
Rejoice, sing of mercies of your King
And with trembling rejoice
http://youtu.be/c8u0pGvb30U
terça-feira, 1 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Enrico Pieranunzi ed Enrico Rava - L'age mur
http://youtu.be/sDpKPmoRY00
Etiquetas:
Enrico Pieranunzi ed Enrico Rava - L'age mur
domingo, 29 de setembro de 2013
CPE Bach, Flute Concerto Wq. 166 in A minor (1750) - I. Allegro assai
François Boucher - The Bird catchers
CPE Bach, Flute Concerto Wq. 166 in A minor (1750) - I. Allegro assai
http://youtu.be/rCc8cUq0Jj4************* http://www.sightswithin.com/Francois.Boucher/Page_28/
http://youtu.be/rCc8cUq0Jj4************* http://www.sightswithin.com/Francois.Boucher/Page_28/
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Annie Lennox - Ev'ry Time We Say Goodbye
Annie Lennox - Ev'ry Time We Say Goodbye
Etiquetas:
Annie Lennox - Ev'ry Time We Say Goodbye
Alela Diane "About Farewell"
http://youtu.be/6K4IyZVxwp8
http://www.radarlisboa.fm/****************http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=86293&opiniao=Opini%EF%BF%BDo
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
The Long Road Turns To Joy
The Long Road Turns To Joy
Author:
Thich Nhat Hanh
In this small volume Ven. Thich Nhat Hanh offers the very basic practice of walking meditation
Johann Sebastian Bach
Johann Sebastian Bach: St. John Passion,
BWV 245 Nikolaus Harnoncourt (Conductor)
Tölzer Knabenchor Kurt Equiluz (Tenor, eveangelist)
Robert Holl Bass, Jesus) Concentus Musicus Wien
http://youtu.be/MFzjIe14SoA
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Lucia - Hide
"Muitas vezes nós subestimamos o poder de um toque, de um sorriso, de uma palavra amável, um pouco de compaixão , de um elogio honesto, ou o menor acto de amor, todas as coisas que poderiam transformar radicalmente a vida de alguém." - (Leo Buscaglia)
http://youtu.be/hNMmtsLx_iI
http://youtu.be/hNMmtsLx_iI
Etiquetas:
Leo Buscaglia,
Lucia,
música,
reflexão
Uma Canção Desesperada
Emerge a tua lembrança desta noite em que estou.
O rio junta ao mar o seu lamento obstinado.
Abandonado como os cais na madrugada.
É a hora de partir, ó abandonado!
Sobre o meu coração chovem frias corolas.
Ó porão de escombros, feroz caverna de náufragos!
Em ti se acumularam as guerras e os voos.
De ti bateram as asas os pássaros do canto.
Tudo devoraste, como faz a distância.
Como o mar, como o tempo. Tudo em ti foi naufrágio!
Era a hora alegre do naufrágio e do beijo.
A hora do estupor que ardia como um farol.
Ansiedade de piloto, fúria de mergulhador cego,
turva embriaguez de amor, tudo em ti foi naufrágio!
Eu fiz retroceder a muralha de sombra,
caminhei para além do desejo e do acto.
Ó carne, carne minha, mulher que amei e perdi,
a ti nesta hora húmida evoco e faço canto.
Como um copo albergaste a infinita ternura,
e o esquecimento infindo estilhaçou-se como um copo.
Era a negra, negra solidão das ilhas,
e ali, mulher de amor, teus braços me acolheram.
Era a sede e a fome, e tu foste uma fruta.
Era o luto e as ruínas, e tu foste o milagre.
Ah mulher, não sei como pudeste conter-me
na terra da tua alma e na cruz dos teus braços!
O desejo de ti foi o mais terrível e curto.
o mais revolto e ébrio, o mais tenso e ávido.
Cemitério de beijos, ainda tens fogo nas tumbas,
ainda as uvas ardem debicadas por pássaros.
Oh a boca mordida, oh os beijados membros,
oh os famintos dentes, oh os corpos trançados.
Oh a cópula louca de esperança e de esforço
em que nós nos juntámos e nos desesperámos.
E a ternura, leve como a água e a farinha.
E a palavra que quase nem nascia nos lábios.
Foi esse o meu destino e nele viajou a vontade,
e nele caiu a vontade, tudo em ti foi naufrágio!
De tombo em tombo ainda tu ardeste e cantaste.
Marinheiro de pé na proa de um navio.
Ainda floresceste em cantos, ainda rompeste em correntes.
Ó porão de escombros, poço aberto e amargo.
Pálido mergulhador cego, desventurado fundeiro,
Descobridor perdido, tudo em ti foi naufrágio!
É a hora de partir, a dura e fria hora
que a noite prende a todos os horários.
O cinturão ruidoso do mar abraça a costa.
Surgem frias estrelas, emigram negros pássaros.
Abandonado como cais na madrugada.
Apenas a sombra trémula se me torce nas mãos.
Ah para além de tudo. Ah para além de tudo.
É a hora de partir. Ó abandonado.
In Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, Trad. de Fernando Assis Pacheco, Edições Dom Quixote
Pablo Neruda [Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto] (n. 12 Jul 1904, Parral, Chile; m. 23 Set 1973 em Santiago, Chile).
via
http://nothingandall.blogspot.pt/
O rio junta ao mar o seu lamento obstinado.
Abandonado como os cais na madrugada.
É a hora de partir, ó abandonado!
Sobre o meu coração chovem frias corolas.
Ó porão de escombros, feroz caverna de náufragos!
Em ti se acumularam as guerras e os voos.
De ti bateram as asas os pássaros do canto.
Tudo devoraste, como faz a distância.
Como o mar, como o tempo. Tudo em ti foi naufrágio!
Era a hora alegre do naufrágio e do beijo.
A hora do estupor que ardia como um farol.
Ansiedade de piloto, fúria de mergulhador cego,
turva embriaguez de amor, tudo em ti foi naufrágio!
Eu fiz retroceder a muralha de sombra,
caminhei para além do desejo e do acto.
Ó carne, carne minha, mulher que amei e perdi,
a ti nesta hora húmida evoco e faço canto.
Como um copo albergaste a infinita ternura,
e o esquecimento infindo estilhaçou-se como um copo.
Era a negra, negra solidão das ilhas,
e ali, mulher de amor, teus braços me acolheram.
Era a sede e a fome, e tu foste uma fruta.
Era o luto e as ruínas, e tu foste o milagre.
Ah mulher, não sei como pudeste conter-me
na terra da tua alma e na cruz dos teus braços!
O desejo de ti foi o mais terrível e curto.
o mais revolto e ébrio, o mais tenso e ávido.
Cemitério de beijos, ainda tens fogo nas tumbas,
ainda as uvas ardem debicadas por pássaros.
Oh a boca mordida, oh os beijados membros,
oh os famintos dentes, oh os corpos trançados.
Oh a cópula louca de esperança e de esforço
em que nós nos juntámos e nos desesperámos.
E a ternura, leve como a água e a farinha.
E a palavra que quase nem nascia nos lábios.
Foi esse o meu destino e nele viajou a vontade,
e nele caiu a vontade, tudo em ti foi naufrágio!
De tombo em tombo ainda tu ardeste e cantaste.
Marinheiro de pé na proa de um navio.
Ainda floresceste em cantos, ainda rompeste em correntes.
Ó porão de escombros, poço aberto e amargo.
Pálido mergulhador cego, desventurado fundeiro,
Descobridor perdido, tudo em ti foi naufrágio!
É a hora de partir, a dura e fria hora
que a noite prende a todos os horários.
O cinturão ruidoso do mar abraça a costa.
Surgem frias estrelas, emigram negros pássaros.
Abandonado como cais na madrugada.
Apenas a sombra trémula se me torce nas mãos.
Ah para além de tudo. Ah para além de tudo.
É a hora de partir. Ó abandonado.
In Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, Trad. de Fernando Assis Pacheco, Edições Dom Quixote
Pablo Neruda [Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto] (n. 12 Jul 1904, Parral, Chile; m. 23 Set 1973 em Santiago, Chile).
via
http://nothingandall.blogspot.pt/
«Era fundamental haver uma disciplina de Métodos de Estudo»
Fernanda Carrilho: «Era fundamental haver uma disciplina de Métodos de Estudo»
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=656585
http://novomundo3.wordpress.com/2013/09/20/podera-um-livro-ajudar-alguem-a-fazer-algo-melhor/********http://www.rtp.pt/play/p340/a-hora-das-cigarras
alva noto & ryuichi sakamoto - trioon 2
alva noto & ryuichi sakamoto - trioon 2
* Saegloopur *
http://youtu.be/aJ07UT4buTY
http://youtu.be/aJ07UT4buTY
Etiquetas:
alva noto & ryuichi sakamoto - trioon 2
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Tu És em Mim Profunda Primavera
PABLO NERUDA
Tu És em Mim Profunda Primavera
O sabor da tua boca e a cor da tua pele,
pele, boca, fruta minha destes dias velozes,
diz-me, sempre estiveram contigo
por anos e viagens e por luas e sóis
e terra e pranto e chuva e alegria,
ou só agora, só agora
brotam das tuas raízes
como a água que à terra seca traz
germinações de mim desconhecidas
ou aos lábios do cântaro esquecido
na água chega o sabor da terra?
Não sei, não mo digas, tu não sabes.
Ninguém sabe estas coisas.
Mas, aproximando os meus sentidos todos
da luz da tua pele, desapareces,
fundes-te como o ácido
aroma dum fruto
e o calor dum caminho,
o cheiro do milho debulhado,
a madressilva da tarde pura,
os nomes da terra poeirenta,
o infinito perfume da pátria:
magnólia e matagal, sangue e farinha,
galope de cavalos,
a lua poeirenta das aldeias,
o pão recém-nascido:
ai, tudo o que há na tua pele volta à minha boca,
volta ao meu coração, volta ao meu corpo,
e volto a ser contigo a terra que tu és:
tu és em mim profunda primavera:
volto a saber em ti como germino.
in "Os Versos do Capitão"
Dicho en Pacaembu (Brasil, 1945)
(Canto General)
Cuántas cosas quisiera decir hoy, brasileños,
cuántas historias, luchas, desengaños, victorias
que he llevado por años en el corazòn para decirlos, pensamientos
y saludos. Saludos de las nieves andinas,
saludos del Océano Pacífico, palabras que roe han dicho
al pasar los obreros, los mineros, los albañiles, todos
los pobladores de mi patria lejana.
Qué me dijo la nieve, la nube, la bandera?
Qué secreto me dijo el marinero?
Qué me dijo la niña pequeñita dándome unas espigas?
Un mensaje tenían: era: Saluda a Prestes.
Búscalo, me decían, en la selva o el río.
Aparta sus prisiones, busca su celda, llama.
Y si no te permiten hablarle, míralo hasta cansarte
y cuéntanos mañana lo que has visto.
Hoy estoy orgulloso de verlo rodeado
de un mar de corazones victoriosos.
Voy a decirle a Chile: “Lo saludé en el aire
de las banderas libres de su pueblo”.
Yo recuerdo en París, hace años, una noche
hablé a la multitud, vine a pedir ayuda
para España republicana, para el pueblo en su lucha.
España estaba llena de ruinas y de gloria.
Los franceses oían mi llamado en silencio.
Les pedí ayuda en nombre de todo lo que existe
y les dije: “Los nuevos héroes, los que en España luchan, mueren,
Modesto, Líster, Pasionaria, Lorca,
son hijos de los héroes de América, son hermanos
de Bolívar, de 0′Higgins, de San Martín, de Prestes”.
Y cuando dije el nombre de Prestes fue como un rumor, inmenso
en el aire de Francia: París lo saludaba.
Viejos obreros con los ojos húmedos
miraban hacia el fondo del Brasil y hacia España.
Os voy a contar aún otra pequeña historia.
Junto a las grandes minas de carbòn, que avanzan bajo el mar
en Chile, en el frío puerto de Talcahuano,
llegò una vez, hace tiempo, un carguero soviético.
(Chile no establecía aún relaciones
con la Uniòn de Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Por eso la policía estúpida
prohibiò bajar a los marinos rusos,
subir a los chilenos.)
Cuando llegò la noche
vinieron por millares los mineros desde las grandes minas,
hombres, mujeres, niños, y desde las colinas
con sus pequeñas lámparas mineras,
toda la noche hicieron señales encendiendo
y apagando
hacia el barco que venía de los puertos soviéticos.
Aquella noche oscura tuvo estrellas:
las estrellas humanas, las lámparas del pueblo.
Hoy también desde los rincones
de nuestra América, desde México libre,
desde el Alto Perú sediento,
desde Cuba, desde Argentina populosa,
desde Uruguay, refugio de hermanos asilados,
el pueblo te saluda, Prestes, con sus pequeñas lámparas
en que brillan las altas esperanzas del hombre.
Por eso me mandaron por el aire de América,
para que te mirara y les contara luego
còmo eras, qué decía su capitán callado
por tantos años duros de soledad y sombra.
Voy a decirles que no guardas odio.
Que sòlo quieres que tu patria viva.
Y que la libertad crezca en el fondo
del Brasil como un árbol eterno.
Yo quisiera contarte, Brasil, muchas cosas calladas,
llevadas estos anos entre la piel y el alma,
sangre, dolores, triunfos, lo que deben decirse
los poetas y el pueblo: será otra vez, un día.
Hoy pido un gran silencio de volcanes y ríos.
Un gran silencio pido de tierras y varones.
Pido silencio a América de la nieve a la pampa.
Silencio: La Palabra al Capitán del Pueblo.
Silencio: Que el Brasil hablará por su boca.
Tu És em Mim Profunda Primavera
O sabor da tua boca e a cor da tua pele,
pele, boca, fruta minha destes dias velozes,
diz-me, sempre estiveram contigo
por anos e viagens e por luas e sóis
e terra e pranto e chuva e alegria,
ou só agora, só agora
brotam das tuas raízes
como a água que à terra seca traz
germinações de mim desconhecidas
ou aos lábios do cântaro esquecido
na água chega o sabor da terra?
Não sei, não mo digas, tu não sabes.
Ninguém sabe estas coisas.
Mas, aproximando os meus sentidos todos
da luz da tua pele, desapareces,
fundes-te como o ácido
aroma dum fruto
e o calor dum caminho,
o cheiro do milho debulhado,
a madressilva da tarde pura,
os nomes da terra poeirenta,
o infinito perfume da pátria:
magnólia e matagal, sangue e farinha,
galope de cavalos,
a lua poeirenta das aldeias,
o pão recém-nascido:
ai, tudo o que há na tua pele volta à minha boca,
volta ao meu coração, volta ao meu corpo,
e volto a ser contigo a terra que tu és:
tu és em mim profunda primavera:
volto a saber em ti como germino.
in "Os Versos do Capitão"
Dicho en Pacaembu (Brasil, 1945)
(Canto General)
Cuántas cosas quisiera decir hoy, brasileños,
cuántas historias, luchas, desengaños, victorias
que he llevado por años en el corazòn para decirlos, pensamientos
y saludos. Saludos de las nieves andinas,
saludos del Océano Pacífico, palabras que roe han dicho
al pasar los obreros, los mineros, los albañiles, todos
los pobladores de mi patria lejana.
Qué me dijo la nieve, la nube, la bandera?
Qué secreto me dijo el marinero?
Qué me dijo la niña pequeñita dándome unas espigas?
Un mensaje tenían: era: Saluda a Prestes.
Búscalo, me decían, en la selva o el río.
Aparta sus prisiones, busca su celda, llama.
Y si no te permiten hablarle, míralo hasta cansarte
y cuéntanos mañana lo que has visto.
Hoy estoy orgulloso de verlo rodeado
de un mar de corazones victoriosos.
Voy a decirle a Chile: “Lo saludé en el aire
de las banderas libres de su pueblo”.
Yo recuerdo en París, hace años, una noche
hablé a la multitud, vine a pedir ayuda
para España republicana, para el pueblo en su lucha.
España estaba llena de ruinas y de gloria.
Los franceses oían mi llamado en silencio.
Les pedí ayuda en nombre de todo lo que existe
y les dije: “Los nuevos héroes, los que en España luchan, mueren,
Modesto, Líster, Pasionaria, Lorca,
son hijos de los héroes de América, son hermanos
de Bolívar, de 0′Higgins, de San Martín, de Prestes”.
Y cuando dije el nombre de Prestes fue como un rumor, inmenso
en el aire de Francia: París lo saludaba.
Viejos obreros con los ojos húmedos
miraban hacia el fondo del Brasil y hacia España.
Os voy a contar aún otra pequeña historia.
Junto a las grandes minas de carbòn, que avanzan bajo el mar
en Chile, en el frío puerto de Talcahuano,
llegò una vez, hace tiempo, un carguero soviético.
(Chile no establecía aún relaciones
con la Uniòn de Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Por eso la policía estúpida
prohibiò bajar a los marinos rusos,
subir a los chilenos.)
Cuando llegò la noche
vinieron por millares los mineros desde las grandes minas,
hombres, mujeres, niños, y desde las colinas
con sus pequeñas lámparas mineras,
toda la noche hicieron señales encendiendo
y apagando
hacia el barco que venía de los puertos soviéticos.
Aquella noche oscura tuvo estrellas:
las estrellas humanas, las lámparas del pueblo.
Hoy también desde los rincones
de nuestra América, desde México libre,
desde el Alto Perú sediento,
desde Cuba, desde Argentina populosa,
desde Uruguay, refugio de hermanos asilados,
el pueblo te saluda, Prestes, con sus pequeñas lámparas
en que brillan las altas esperanzas del hombre.
Por eso me mandaron por el aire de América,
para que te mirara y les contara luego
còmo eras, qué decía su capitán callado
por tantos años duros de soledad y sombra.
Voy a decirles que no guardas odio.
Que sòlo quieres que tu patria viva.
Y que la libertad crezca en el fondo
del Brasil como un árbol eterno.
Yo quisiera contarte, Brasil, muchas cosas calladas,
llevadas estos anos entre la piel y el alma,
sangre, dolores, triunfos, lo que deben decirse
los poetas y el pueblo: será otra vez, un día.
Hoy pido un gran silencio de volcanes y ríos.
Un gran silencio pido de tierras y varones.
Pido silencio a América de la nieve a la pampa.
Silencio: La Palabra al Capitán del Pueblo.
Silencio: Que el Brasil hablará por su boca.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Ida Miccolis e Zaccaria Marques - Miserere - O Trovador de Verdi
Ida Miccolis, Zaccaria Marques e Coro - Miserere - O Trovador, de Verdi - Theatro Muncipal do Rio, 25 de setembro de 1970 - Regência: Mário de Bruno.
http://youtu.be/IHITmRcVaEc
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Rosto
Rosto nu na luz directa.
Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.
Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.
Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem
Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.
Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.
Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.
Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.
Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem
Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.
Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.
Sophia de Mello B. Andresen
Dead Can Dance - Yulunga (Spirit Dance) http://youtu.be/v4aLw20kEc8
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
J.S.Bach Brandenburg Concertos Complete, Jordi Savall
CD1
---
Concerto I F-dur, BWV 1046
1. [Allegro]
2. Adagio
3. Allegro
4. Menuetto & Trio; Polacca & Trio
Concerto II F-dur, BWV 1047
5. [Allegro]
6. Andante
7. Allegro assai
Concerto III G-dur, BWV 1048 (33:45)
8. [Allegro]
9. Adagio
10. Allegro
CD2
---
Concerto IV G-dur, BWV 1049
1. Allegro
2. Adante
3. Presto
Concerto V D-dur, BWV 1050
4. Allegro
5. Affettuoso
6. Allegro
Concerto VI B-dur, BWV 1051
7. [Allegro]
8. Adagio ma non tanto
9. Allegro
Le Concert des Nations & La Capella Reial de Catalunya, Jordi Savall
http://youtu.be/67_sFLXcWII
Etiquetas:
J.S.Bach Brandenburg Concertos Complete,
Jordi Savall
Que ya viví, que te vas - (Silvio Rodríguez)
Dejé pasar unas horas
por si se huía tu sueño.
Durmiendo la veladora
tu tiempo se entró en mi tiempo
y, en fin, la guitarra sola
gira contigo en el centro.
Creo que la luna ya es muy alta
y en la caricia falta
un viaje a la humedad.
Creo que de noche me despierto
con frío, al descubierto,
tanteando oscuridad.
Creo que la lluvia está cayendo
y no voy sonriendo
dejándome mojar.
Creo que me va a quitar el sueño
un dedo aquí, un labio allá,
que te perdí, que ya no estás,
que ya viví, que te vas.
Dejé pasar unas horas,
pupila veladora,
por si me daba igual.
Tu tiempo se metió en mi tiempo,
momentos y momentos
que no quieren pasar.
Y he aquí que la guitarra
vuelve a soltar amarras,
canta y gime al volar.
http://youtu.be/ccVHZd24PnY
Etiquetas:
que te vas - (Silvio Rodríguez),
Que ya viví
"What if I forgave myself?
Feliz aniversário para Cheryl Strayed, nascido em Spangler, Pensilvânia neste dia em 1968.
"E se eu me perdoou? Pensei. Que se eu me perdoou, mesmo que eu tivesse feito algo que eu não deveria ter? Que se eu era um mentiroso e uma fraude e não havia nenhuma desculpa para o que eu tinha feito diferente porque era o que eu queria e precisava fazer? e se eu fosse muito, mas se eu pudesse voltar no tempo eu não faria nada diferente do que eu tinha feito? e se eu realmente queria transar com cada um daqueles E se os homens? heroína me ensinou alguma coisa? E se sim era a resposta certa, em vez de não? E se o que me fez fazer todas aquelas coisas que todos achavam que eu não deveria ter feito era o que também me tem aqui? E se eu nunca fui redimidos? E se eu já era? "
- Cheryl Strayed, Wild: A partir de Lost Encontrado na Pacific Crest Trail
Happy birthday to Cheryl Strayed, born in Spangler, Pennsylvania on this day in 1968.
"What if I forgave myself? I thought. What if I forgave myself even though I'd done something I shouldn't have? What if I was a liar and a cheat and there was no excuse for what I'd done other than because it was what I wanted and needed to do? What if I was sorry, but if I could go back in time I wouldn't do anything differently than I had done? What if I'd actually wanted to fuck every one of those men? What if heroin taught me something? What if yes was the right answer instead of no? What if what made me do all those things everyone thought I shouldn't have done was what also had got me here? What if I was never redeemed? What if I already was?”
― Cheryl Strayed, Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail
That it will never come again
That it will never come again
Is what makes life so sweet.
Believing what we don't believe
Does not exhilarate.
That if it be, it be at best
An ablative estate --
This instigates an appetite
Precisely opposite.
-- Emily Dickinson
Is what makes life so sweet.
Believing what we don't believe
Does not exhilarate.
That if it be, it be at best
An ablative estate --
This instigates an appetite
Precisely opposite.
-- Emily Dickinson
François-René Duchâble plays Bach's BWV639
http://youtu.be/RLPH4-AfSU0
Etiquetas:
François-René Duchâble plays Bach's BWV639
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Sidney Bechet - "Si tu vois ma mère"
http://youtu.be/HkdCr9HlRE0
Etiquetas:
Sidney Bechet - Si tu vois ma mère
A Promiscuidade Tira a Vontade
A Promiscuidade Tira a Vontade
"O que é a experiência? Nada. É o número dos donos que se teve. Cada amante é uma coronhada. São mais mil no conta-quilómetros. A experiência é uma coisa que amarga e atrapalha. Não é um motivo de orgulho. É uma coisa que se desculpa. A experiência é um erro repetido e re...re-petido até à exaustão. Se é difícil amar um enganador, mais difícil ainda é amar um enganado.
Desengane-se de vez a rapaziada. Nenhuma mulher gosta de um homem «experiente». O número de amantes anteriores é uma coisa que faz um bocadinho de nojo e um bocadinho de ciúme. O pudor que se exige às mulheres não é um conceito ultrapassado — é uma excelente ideia. Só que também se devia aplicar aos homens. O pudor valoriza. O sexo é uma coisa trivial. É por isso que temos de torná-lo especial. Ir para a cama com toda a gente é pouco higiénico e dispersa as energias. Os seres castos, que se reprimem e se guardam, tornam-se tigres quando se libertam. E só se libertam quando vale a pena. A castidade é que é «sexy». Nos homens como nas mulheres. A promiscuidade tira a vontade.
Uma mulher gosta de conquistar não o homem que já todas conquistaram, saquearam e pilharam, mas aquele que ainda nenhuma conseguiu tocar. O que é erótico é a resistência, a dificuldade e a raridade. Não é a «liberdade», a facilidade e a vulgaridade. Isto parece óbvio, mas é o contrário do que se faz e do que se diz. Porque será escandaloso dizer, numa época hippificada em que a virgindade é vergonhosa e o amor é bom por ser «livre», que as mulheres querem dos homens aquilo que os homens querem das mulheres? Ser conquistador é ser conquistado. Ninguém gosta de um ser conquistado. O que é preciso conquistar é a castidade."
Miguel Esteves Cardoso, in 'As Minhas Aventuras na República Portuguesa'
"O que é a experiência? Nada. É o número dos donos que se teve. Cada amante é uma coronhada. São mais mil no conta-quilómetros. A experiência é uma coisa que amarga e atrapalha. Não é um motivo de orgulho. É uma coisa que se desculpa. A experiência é um erro repetido e re...re-petido até à exaustão. Se é difícil amar um enganador, mais difícil ainda é amar um enganado.
Desengane-se de vez a rapaziada. Nenhuma mulher gosta de um homem «experiente». O número de amantes anteriores é uma coisa que faz um bocadinho de nojo e um bocadinho de ciúme. O pudor que se exige às mulheres não é um conceito ultrapassado — é uma excelente ideia. Só que também se devia aplicar aos homens. O pudor valoriza. O sexo é uma coisa trivial. É por isso que temos de torná-lo especial. Ir para a cama com toda a gente é pouco higiénico e dispersa as energias. Os seres castos, que se reprimem e se guardam, tornam-se tigres quando se libertam. E só se libertam quando vale a pena. A castidade é que é «sexy». Nos homens como nas mulheres. A promiscuidade tira a vontade.
Uma mulher gosta de conquistar não o homem que já todas conquistaram, saquearam e pilharam, mas aquele que ainda nenhuma conseguiu tocar. O que é erótico é a resistência, a dificuldade e a raridade. Não é a «liberdade», a facilidade e a vulgaridade. Isto parece óbvio, mas é o contrário do que se faz e do que se diz. Porque será escandaloso dizer, numa época hippificada em que a virgindade é vergonhosa e o amor é bom por ser «livre», que as mulheres querem dos homens aquilo que os homens querem das mulheres? Ser conquistador é ser conquistado. Ninguém gosta de um ser conquistado. O que é preciso conquistar é a castidade."
Miguel Esteves Cardoso, in 'As Minhas Aventuras na República Portuguesa'
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Jason Molina - Don't It Look Like Rain
http://youtu.be/LghRPODxqJQ
Etiquetas:
Jason Molina - Don't It Look Like Rain
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Dream a Better Way
Tim Hanauer
You have never been so happy
Dancing, swinging, laughing at me
Smile on your face
Is happiness for days
Spin around you say
Tangled up together in this place
Tomorrow is going on forever
Couldn't even dream a better way
You are everything I need
Happy ever after we'll be
Couldn't even dream a better way
All that you say
All that you mean to me
All that you say counts all out yesterday's
Couldn't even dream a better way
I have never been so happy
Dancing, swinging, laughing at me
Smile on my face
Is happiness for days
Flowers in the garden grove
Sun will shine, it must be love
All our days, growing up old together
Couldn't even dream a better way
Sonho uma maneira melhor
Tim Hanauer
Você nunca esteve tão feliz
Dançando, balançando, rindo de mim
Sorriso em seu rosto
É felicidade para os dias
Girar em torno de você dizer
Enroscado juntos neste lugar
Amanhã vai para sempre
Não podia nem sonhar uma maneira melhor
Você é tudo que eu preciso
Nós vamos ser felizes para sempre
Não podia nem sonhar uma maneira melhor
Tudo o que você diz
Tudo o que você significa para mim
Tudo o que você diz conta tudo de ontem
Não podia nem sonhar uma maneira melhor
Eu nunca fui tão feliz
Dançando, balançando, rindo de mim
Sorriso no meu rosto
É felicidade para os dias
Flores no Jardim da Cova
Sol vai brilhar, deve ser amor
Todos os nossos dias, crescendo juntos velho
Não podia nem sonhar uma maneira http://youtu.be/PdUQYno8SU8
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Leontina, de Boris Peters
Leontina, de Boris Peters
«Como o título argentino exibido na noite anterior, o longa estrangeiro da competição na terça-feira também foi um documentário. O chileno Leontina (2012) acompanha o cotidiano de uma solitária octogenária que vive no sul do país _ a avó do diretor, que dá nome ao filme. Leontina guarda um segredo que aos poucos vai sendo revelado: há 50 anos, o marido desapareceu a bordo de um barco – e desde então a decidida senhora nunca mais quis rever o vizinho mar. O cineasta Boris Peters contrasta a domesticidade da casa da avó com a beleza selvagem das paisagens meridionais do Chile e a vastidão do mar. Tanto no detalhe quanto no plano geral, Leontina, o filme, procura extrair lirismo das imagens – a sensível direção de fotografia é um dos destaques da produção. Peters ousa – e acerta – ao literalmente desnudar a avó, filmando de perto a protagonista no banho, expondo na tela a ação do tempo em seu corpo. Essas cenas íntimas remetem aos retratos de despojada humanidade que caracterizam a pintura de Lucian Freud _ e os closes de Leontina dormindo em um hospital assemelham-se aos desenhos da impressionante série Minha Mãe Morrendo, do artista brasileiro Flávio de Carvalho.»
v/ http://abraccine.wordpress.com/2012/08/********** http://www.adorocinema.com/filmes/filme-210388/trailer-19373867/
Etiquetas:
de Boris Peters,
Documentário,
Leontina
terça-feira, 10 de setembro de 2013
"When David Heard" By: Eric Whitacre (from the album "Water Night)
When David heard that Absalom was slain, he went up into his chamber over the gate and wept, and thus he said, "My son, my son, O Absalom my son, would God I had died for thee! O Absalom, my son, my son""
"Quando Davi ouviu que Absalão foi morto, ele subiu em sua câmara por cima da porta e chorou , e, portanto, ele disse: "Meu filho, meu filho , Absalão , meu filho, que Deus tinha morrido por ti ! Absalão, meu filho , meu filho!"
http://www.trendencias.com/*********http://youtu.be/P62p0GczDew
Etiquetas:
Eric Whitacre,
from the album,
Water Night,
When David Heard
domingo, 8 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
anatomia d' BEIJO
anatomia d' BEIJO ( dedicado)
nos lóbulos conspiram se todos
os argumentos
debate s o coração do corpo febril
redil do espaço labiríntico dos desejos onde tudo...
se move e maquinam até
adiados beijos
encefálico elementar raciocínio dos lábios
amar amorosos
enquanto ardente e mudo
no recorte auricular bate
s abate ventricular
a emoção
Helena Branco, dos ( versos inuteis )
nos lóbulos conspiram se todos
os argumentos
debate s o coração do corpo febril
redil do espaço labiríntico dos desejos onde tudo...
se move e maquinam até
adiados beijos
encefálico elementar raciocínio dos lábios
amar amorosos
enquanto ardente e mudo
no recorte auricular bate
s abate ventricular
a emoção
Helena Branco, dos ( versos inuteis )
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Sílvia - Marissa Nadler
Sílvia
Marissa Nadler
Sílvia, Sílvia, Sílvia,
I met you in the belly of a whale
Sílvia, Sílvia, Sílvia
Oh where did you fail
Time passes slowly in the daylight
But I do not want to die
I met you in the belly of a wicked rhyme
And I read all your letters I could find
And the water is your friend
The water is your friend
And down and down and down you go
Gonna buy you a red dress,
And put feathers in your hair
And resurrect the finer things
I lost when you disappeared
Breaking on the daylight
They put flowers round your grave
And I sang a silly song for you
Hey hey hey hey hey
Sílvia, Sílvia
Sílvia, Sílvia, Sílvia
I met you in the belly of a whale
Sílvia, Sílvia, Sílvia,
Oh where did you fail
And the water is your friend
The water is your friend
And down and down and down you go
Gonna buy you a red dress
And put feathers in your hair
And resurrect the finer things
I lost when you disappeared
Breaking on the daylight
They put flowers round your grave
And I sang a silly song for you
Hey hey hey hey hey
Sílvia, Sílvia
http://youtu.be/As5Qe3sT__c
J. S. Bach - Trio Sonata for Flutes and Continuo in G Major BWV 1039
http://www.youtube.com/watch?v=DlPYsKMRlYo&feature=share&list=PL4FCA5C9AA0CDBDE4
sábado, 31 de agosto de 2013
«O POETA MORTO»
JOSÉ RÉGIO
«O POETA MORTO»...
Barbearam-no e vestiram-no de preto,
Calçaram-lhe sapatos de verniz.
Moscas varejas chupam-lhe o nariz,
E ele mantém-se pálido e correcto.
Cheira a cera no quarto, já repleto
Do que há de mais distinto no país:
...Um general, dois lentes, um juiz...
Com ar triste, imbecil, grave e discreto.
Logo, os críticos sérios e carecas
Folhearão no pó das bibliotecas
Um livro caluniado enquanto vivo
Esse a quem chamam hoje ilustre e augusto
Porque... porque ele, agora, é inofensivo
Como qualquer estampa ou qualquer busto!
Zarah Leander - Das gibt's nur einmal (1932)
http://youtu.be/qWuDlyJyCq4
A play for radio by Sir Tom Stoppard incorporating The Dark Side of the Moon by Pink Floyd
http://www.bbc.co.uk/programmes/p01fr9py
A play for radio by Sir Tom Stoppard incorporating The Dark Side of the Moon by Pink Floyd
http://www.bbc.co.uk/programmes/p01fr9py
Etiquetas:
Darkside,
Pink Floyd,
Zarah Leander
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
POEMA PARA UM LIVRO QUE ESTOU A LER
Não, não sou mudo
Nem fugi...
Se não falo
Se não canto
É porque o silêncio
É só silêncio
Um momento
Como um murmúrio
do vento
Como o perfume
de uma flor
Como o sorriso
do amor.
Não, não estou longe
Nem morri
Se não me vês
Se não me tocas
Sou como a luz
De um sol que não queima
Porque não está perto
Mas que aquece
Porque
Simplesmente
Está
Quando amo
Sou um pássaro
Amar é voar
Não é ficar
Agarrado a um ramo
A cantarNão, não desapareci
Nem te deixei
Abandonada
És a página do livro
Que eu deixei marcada
Para voltar
Mãos são são mãos
para te agarrar
Olhos são são lábios
Ler é beijar
Não, não deixei na estante
Nem és livro de cabeceira
Se continuas por aí
Sempre à espera
A todo o instante
É porque és
Errante assim
O meu livro de viagem
Que quero sempre
Ao pé de mim.
Carlos Campos (a publicar) http://youtu.be/ypdgAyzHx5Y
Etiquetas:
Carlos Campos,
poesia,
Sufjan Stevens
terça-feira, 27 de agosto de 2013
JS Bach Complete Lute Works,Konrad Junghanel
http://youtu.be/WGpl1Utbqzw
Etiquetas:
JS Bach,
Konrad Junghanel,
Lute Works
domingo, 25 de agosto de 2013
John Surman - Portrait of a Romantic
http://youtu.be/78LAxldDK50
Etiquetas:
John Surman,
Portrait of a Romantic
John Surman Road To Saint Ives Tintagel
http://youtu.be/FejdTpDcPRY
Etiquetas:
John Surman,
Road To Saint Ives Tintagel
John Surman - Nestors Saga (The Tale Of The Ancient)
http://youtu.be/ACB3mrZw6nI
Etiquetas:
John Surman . Nestors Saga,
The Tale Of The Ancient
sábado, 24 de agosto de 2013
COLECÇÃO DE SONETOS PORTUGUESES
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
O dúbio mascarado, o mentiroso
afinal, que passou na vida incógnito,
o Rei-Lua postiço, o falso atónito,
bem no fundo o covarde rigoroso...
Em vez de Pajem bobo presunçoso,...
sua alma de neve asco de um vómito,
seu ânimo cantado como indómito
um lacaio invertido e pressuroso...
O sem nervos nem ânsia, o papa-açorda...
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal,
o corrido, o raimoso, o desleal,
o balofo arrotando o Império astral,
o mago sem condão, o Esfinge Gorda...
O dúbio mascarado, o mentiroso
afinal, que passou na vida incógnito,
o Rei-Lua postiço, o falso atónito,
bem no fundo o covarde rigoroso...
Em vez de Pajem bobo presunçoso,...
sua alma de neve asco de um vómito,
seu ânimo cantado como indómito
um lacaio invertido e pressuroso...
O sem nervos nem ânsia, o papa-açorda...
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal,
o corrido, o raimoso, o desleal,
o balofo arrotando o Império astral,
o mago sem condão, o Esfinge Gorda...
Etiquetas:
Mário de Sá Carneiro,
Sonetos portugueses
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Moya - A Little More Love
via
http://portodaspipas.blogs.sapo.pt/***********http://youtu.be/c4nT_nhZAlc
terça-feira, 13 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
Hurbano Tavares Rodrigues
“Daqui me vou despedindo pouco a pouco, lutando com a minha angústia e vencendo-a, dizendo adeus à agua fresca do mar e dos rios onde nadei, ao perfume das flores e das crianças, e à beleza das mulheres.” Hurbano Tavares Rodrigues, no Prefácio da obra inédita, Nenhuma Vida, a publicar pela Dom Quixote.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
O DESEJO DO CORPO É ENTRAR EM SI MESMO
O desejo do corpo é entrar em si mesmoe de onda em onda ser uma onda só
que se liberta de todas as amarras
e abre as suas rígidas comportas
Longo subtil e macio é esse gozo
de um túmido movimento que desagua no delta
da nudez extrema em que o corpo encontra
o seu próprio corpo como se fosse um outro
A palavra não pode encontrar-se a si mesma
como se fosse de si mesma outra
porque ela não é um corpo e mesmo quando se despe
a sua nudez é só o anúncio de um corpo inatingível
ANTÓNIO RAMOS ROSA, in AS PALAVRAS (Campo das Letras, 2001)
que se liberta de todas as amarras
e abre as suas rígidas comportas
Longo subtil e macio é esse gozo
de um túmido movimento que desagua no delta
da nudez extrema em que o corpo encontra
o seu próprio corpo como se fosse um outro
A palavra não pode encontrar-se a si mesma
como se fosse de si mesma outra
porque ela não é um corpo e mesmo quando se despe
a sua nudez é só o anúncio de um corpo inatingível
ANTÓNIO RAMOS ROSA, in AS PALAVRAS (Campo das Letras, 2001)
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
PÁSSARO AZUL
PÁSSARO AZUL
*CHARLES BUKOWSKI*
Há um pássaro azul no meu coraçãoque quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém ver-te.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o
meu trabalho?
queres arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.
digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?
Etiquetas:
Charles Bukowski,
música,
Pássaro Azul,
poesia
A ILHA
A Ilha
Maria João Brito de Sousa
Serei sempre uma ilha de paixões
Rodeada de mundo a toda a volta
Deserta por decreto da revolta
Que me encheu de lagoas e vulcões
Em mim os animais são aos milhões!
Procriam sobre mim à rédea solta
Pois, sobre a estranha lava que me solda,
Lavrei um verde manto de ilusões
E neste Paraíso em que me dou,
Germinam embondeiros, brancos lírios,
Sou Arca de Noé de âncora presa!
Talvez alguém duvide do que sou,
Talvez seja mais um dos meus delírios,
Talvez seja uma forma de defesa
Maria João Brito de Sousa
Serei sempre uma ilha de paixões
Rodeada de mundo a toda a volta
Deserta por decreto da revolta
Que me encheu de lagoas e vulcões
Em mim os animais são aos milhões!
Procriam sobre mim à rédea solta
Pois, sobre a estranha lava que me solda,
Lavrei um verde manto de ilusões
E neste Paraíso em que me dou,
Germinam embondeiros, brancos lírios,
Sou Arca de Noé de âncora presa!
Talvez alguém duvide do que sou,
Talvez seja mais um dos meus delírios,
Talvez seja uma forma de defesa
Charles Chaplin - O Grande Ditador
http://youtu.be/Nmmif6wAxYk
Etiquetas:
Charles Chaplin - O Grande Ditador
terça-feira, 30 de julho de 2013
Me encante
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar
Me encante com suas palavras…
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado…
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!!!
PABLO NERUDA
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar
Me encante com suas palavras…
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado…
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!!!
PABLO NERUDA
CAVALHEIRO SÓ
Os jovens homossexuais e as mocinhas amorosas,
e as longas viúvas que sofrem de insônia delirante,
e as jovens senhoras há trinta horas emprenhadas,
e os gatos roufenhos que atravessam meu jardim em trevas,
como um colar de palpitantes ostras sexuais
rodeiam minha casa solitária,
inimigos jurados de minha alma,
conspiradores em traje de dormir,
que trocaram por senha grandes beijos espessos.
O verão radiante conduz os namorados
em uniformes regimentos melancólicos
de pares gordos magros e alegres tristes pares:
sob os coqueiros elegantes, junto ao mar e à lua,
há uma vida contínua de calças e galinhas,
um rumor de meias de seda acariciadas,
e seios femininos a brilhar como dois olhos.
O pequeno empregado, depois de tanta coisa,
depois do tédio semanal e das novelas lidas na cama toda noite,
seduziu sua vizinha inapelavelmente
e a leva agora a cinemas miseráveis
onde os heróis são potros ou são príncipes apaixonados,
e lhe acaricia as pernas, véu macio,
com suas mãos ardentes, úmidas que cheiram a cigarro
As tardes do sedutor e as noites dos esposos
se unem, dois lençóis que me sepultam,
e as horas de após almoço em que os jovens estudantes
e as jovens estudantes, e os padres se masturbam,
e os animais fornicam sem rodeios
e as abelhas cheiram a sangue e zumbem coléricas as moscas,
e os primos brincam de estranho jeito com as primas,
e os médicos olham com fúria o marido da jovem paciente,
e as horas da manhã nas quais, como que por descuido, o professor
cumpre os seus deveres conjugais e desjejua,
e inda mais os adúlteros, que com amor verdadeiro se amam
sobre leitos altos, amplos como embarcações;
seguramente, eternamente me rodeia
este respiratório e enredado grande bosque
com grandes flores e com dentaduras
e raízes negras em forma de unhas e sapatos.
Pablo Neruda
segunda-feira, 29 de julho de 2013
domingo, 28 de julho de 2013
AMÊNDOA AMARGA
Este travo inteiro a amêndoa amargaA ameixa a doce a ferver no tacho
Esse travo na língua a fermentar no corpo
A febre a nascer a crescer debaixo
Em baixo a saia a subir nas coxas e esse cheiro mais grosso se entreabro
Asa pernas os lábios e o gosto onde o sabor da amêndoa se torna mais amargo
É esse o momento o instante exacto em que tudo se prende ao gesto sem sentido
A calda no ponto deixa a língua em brasa
E eu tiro pela cabeça o meu vestido
Esse travo na língua a fermentar no corpo
A febre a nascer a crescer debaixo
Em baixo a saia a subir nas coxas e esse cheiro mais grosso se entreabro
Asa pernas os lábios e o gosto onde o sabor da amêndoa se torna mais amargo
É esse o momento o instante exacto em que tudo se prende ao gesto sem sentido
A calda no ponto deixa a língua em brasa
E eu tiro pela cabeça o meu vestido
MARIA TERESA HORTA, in DESTINO (Quetzal, 1998), in AS PALAVRAS DO CORPO (D. Quixote, 2012)
http://youtu.be/Fo0K_n3VLG4
Etiquetas:
Bach,
l Música,
Maria Teresa Horta,
poema
"Sem Receita"
Crónica "Sem Receita" – Revista Ler
Por Inês Pedrosa
Os Engajados
As meninas que me desculpem e passem adiante se o assunto colidir com os seus perfumes estivais, mas a discriminação ainda é um tema contemporâneo. A discriminação entre homens e mulheres, por exemplo. Não é preciso ser-se gaja para se notar isso; por acaso, no que se refere à ficção portuguesa contemporânea, tenho encontrado o assunto sobretudo em páginas, algumas delas excelsas, da lavra de gajos. Estão à vontade. Fica-lhes bem assinalar a injustiça que assola a outra metade da espécie. Mas uma mulher engajada incomoda, como dantes incomodava uma mulher que risse alto ou levasse os amantes pela trela na via pública. É uma afronta às outras, o que eu compreendo. Não tenho é paciência para me deter nessa compreensão, que a vida é demasiado curta para andar a saltitar penosamente em saias travadas.
O engajamento passou de moda, embora as suas causas não tenham diminuído, antes pelo contrário. Os fossos tornaram-se demasiado evidentes; como a arte é o contrário da evidência prefere falar de fronteiras e de busca de identidade. Ainda por cima é mais comercial. Da senhora dos livros de sexo a chicote ao Philip Roth ( que aliás também não desdenharia a sua chibatazita) anda tudo em demanda identitária, revelando o íntimo universal de cada um de nós. Um gajo pode continuar a ser engajado desde que não o confesse muito. Já uma gaja… bom, uma gaja continua a ser uma gaja, e tudo o que escrever há-de vir-lhe do útero ou da vagina ou dos filhos que teve ou dos que não quis ter. Nunca mais há modos, é o que é.
Não é verdade que não haja escritores politicamente empenhados em Portugal (agora não estou a distinguir sexos; também consigo ser ecuménica, vêem, meninas?). A verdade é que esses não são os que estão nas montras dos media. Aliás, eu não sei o que é um escritor sem empenhamento político. Nomeiem-me um. Não se cansem: eu conheço a lista. Simplesmente, não escrevem nada que honestamente eu consiga ler até ao fim. Não são o Tolstoi nem a Virginia Woolf nem o Dostoievski nem a Duras nem o Camões ou o Kundera. Nem a Yourcenar ou Nabokov. Quando me refiro a empenhamento político não penso em ideologias de esquerda ou direita (é importante saber distingui-las, evidentemente), mas sim numa visão do mundo e na capacidade de ter um comentário inteligente e original sobre ele. É uma coisa para a qual não basta ser-se erudito e irónico. A ironia é o sushi do cérebro: um alimento bonito de se ver, saudável e de fácil digestão. A dobrada à moda do Porto não será tão digestiva, mas demora mais a esquecer. Como os livros do Camilo Castelo Branco. Ou da Agustina, que nunca ganhou os bonitos prémios da língua inglesa porque nunca foi traduzida para esse esperanto da modernidade. Consta que é «muito difícil». E fala demasiado de mulheres, pelo menos para quem pertence a esse mesmo sexo.
Há dias ouvi uma jovem cantante dizer na rádio que o seu disco inaugural «trata do nosso tempo». O entrevistador perguntou-lhe se considerava político esse seu trabalho, e ela apressou-se a explicar que não, de modo algum. A política está fora de moda. No governo não há ninguém que saiba o que isso é – o único que sabia anda a fazer de conta que já se esqueceu, e a ver se ganha a credibilidade do export-import, que é a única que agora existe.
Mas as coisas são como são: camponeses e czares. Há pessoas que se maçam com as páginas sobre o desenvolvimento agrícola da Rússia na Anna Karenina: a mim parecem-me cada vez mais belas e necessárias. A política é um brinquedo velho que se deitou fora antes de acabar de ser construído. Os trastes velhos são o tema da literatura: o amor, a traição, a morte. E a política nas costuras dessas antiguidades, desde o tempo do Romeu e da Julieta. O velhíssimo Freud escreveu que a identidade ancorava em três pilares: religião, política, sexualidade. Explicaram-me que isso já não serve de modelo, porque a religião desapareceu e a política e o sexo já não são o que eram. Ou anda meio-mundo a dormir, ou a dobrada faz-me alucinar. (publicado em Junho de 2013)
Por Inês Pedrosa
Os Engajados
As meninas que me desculpem e passem adiante se o assunto colidir com os seus perfumes estivais, mas a discriminação ainda é um tema contemporâneo. A discriminação entre homens e mulheres, por exemplo. Não é preciso ser-se gaja para se notar isso; por acaso, no que se refere à ficção portuguesa contemporânea, tenho encontrado o assunto sobretudo em páginas, algumas delas excelsas, da lavra de gajos. Estão à vontade. Fica-lhes bem assinalar a injustiça que assola a outra metade da espécie. Mas uma mulher engajada incomoda, como dantes incomodava uma mulher que risse alto ou levasse os amantes pela trela na via pública. É uma afronta às outras, o que eu compreendo. Não tenho é paciência para me deter nessa compreensão, que a vida é demasiado curta para andar a saltitar penosamente em saias travadas.
O engajamento passou de moda, embora as suas causas não tenham diminuído, antes pelo contrário. Os fossos tornaram-se demasiado evidentes; como a arte é o contrário da evidência prefere falar de fronteiras e de busca de identidade. Ainda por cima é mais comercial. Da senhora dos livros de sexo a chicote ao Philip Roth ( que aliás também não desdenharia a sua chibatazita) anda tudo em demanda identitária, revelando o íntimo universal de cada um de nós. Um gajo pode continuar a ser engajado desde que não o confesse muito. Já uma gaja… bom, uma gaja continua a ser uma gaja, e tudo o que escrever há-de vir-lhe do útero ou da vagina ou dos filhos que teve ou dos que não quis ter. Nunca mais há modos, é o que é.
Não é verdade que não haja escritores politicamente empenhados em Portugal (agora não estou a distinguir sexos; também consigo ser ecuménica, vêem, meninas?). A verdade é que esses não são os que estão nas montras dos media. Aliás, eu não sei o que é um escritor sem empenhamento político. Nomeiem-me um. Não se cansem: eu conheço a lista. Simplesmente, não escrevem nada que honestamente eu consiga ler até ao fim. Não são o Tolstoi nem a Virginia Woolf nem o Dostoievski nem a Duras nem o Camões ou o Kundera. Nem a Yourcenar ou Nabokov. Quando me refiro a empenhamento político não penso em ideologias de esquerda ou direita (é importante saber distingui-las, evidentemente), mas sim numa visão do mundo e na capacidade de ter um comentário inteligente e original sobre ele. É uma coisa para a qual não basta ser-se erudito e irónico. A ironia é o sushi do cérebro: um alimento bonito de se ver, saudável e de fácil digestão. A dobrada à moda do Porto não será tão digestiva, mas demora mais a esquecer. Como os livros do Camilo Castelo Branco. Ou da Agustina, que nunca ganhou os bonitos prémios da língua inglesa porque nunca foi traduzida para esse esperanto da modernidade. Consta que é «muito difícil». E fala demasiado de mulheres, pelo menos para quem pertence a esse mesmo sexo.
Há dias ouvi uma jovem cantante dizer na rádio que o seu disco inaugural «trata do nosso tempo». O entrevistador perguntou-lhe se considerava político esse seu trabalho, e ela apressou-se a explicar que não, de modo algum. A política está fora de moda. No governo não há ninguém que saiba o que isso é – o único que sabia anda a fazer de conta que já se esqueceu, e a ver se ganha a credibilidade do export-import, que é a única que agora existe.
Mas as coisas são como são: camponeses e czares. Há pessoas que se maçam com as páginas sobre o desenvolvimento agrícola da Rússia na Anna Karenina: a mim parecem-me cada vez mais belas e necessárias. A política é um brinquedo velho que se deitou fora antes de acabar de ser construído. Os trastes velhos são o tema da literatura: o amor, a traição, a morte. E a política nas costuras dessas antiguidades, desde o tempo do Romeu e da Julieta. O velhíssimo Freud escreveu que a identidade ancorava em três pilares: religião, política, sexualidade. Explicaram-me que isso já não serve de modelo, porque a religião desapareceu e a política e o sexo já não são o que eram. Ou anda meio-mundo a dormir, ou a dobrada faz-me alucinar. (publicado em Junho de 2013)
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Agostinho da Silva e o Encontro Inter-Religioso
http://player.vimeo.com/video/45598611?color=e2ad1b" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen>
via
http://arevistaentre.blogspot.pt/
Etiquetas:
Paulo Borges,
Revista Cultura Entre Culturas
Álvaro de Campos - ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o eco... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos…
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
15 - 10 - 1929
In Poesia , Assírio & Alvim, ed. Teresa Rita Lopes, 2002
In Poesia , Assírio & Alvim, ed. Teresa Rita Lopes, 2002
Germana Tanger no programa Câmara Clara da RTP2 (15 de junho de 2008)
Etiquetas:
Álvaro de Campos,
Câmara Clara,
Germana Tânger,
Programa,
RTP2
Michala Petri and Lars Hannibal plays Bach
http://youtu.be/pFV-zW-dn9g
Etiquetas:
Bach,
Lars Hannibal,
Michala Petri
quarta-feira, 24 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
Canções e Provérbios de William Blake
Provérbio I
O orgulho do pavão é a glória de Deus.
A luxúria da cabra é a liberalidade de Deus.
A ira do leão é a sabedoria de Deus.
A nudez da mulher é a obra de Deus.
Londres
Eu vagueio através de cada rua traçada,
Perto de onde o traçado Tamisa corre,
E observo em cada rosto que encontro
Marcas de fraqueza e preocupação.
Em cada grito de cada homem,
Em cada grito de criança, grito de receio,
Em cada voz, em cada imprecação,
Algemas do espírito eu ouço.
Como o grito do varredor de chaminé
Cada igreja escurecida intimida,
E o suspiro do infeliz soldado
Corre em sangue debaixo das paredes do Palácio.
Mas muitas vezes através das ruas à meia noite eu ouço
Como a maldição da jovem prostituta
Faz explodir as lágrimas da criança recém-nascida
E destrói com pragas o carro funerário do casamento.
Provérbio II
Prisões são construídas com pedras da Lei.
Bordéis com tijolos da Religião.
O Varredor de Chaminés
Uma pequena coisa preta entre a neve
gritando, chora, chora em notas de preocupação!
Onde estão o teu pai e atua mãe?
Eles foram ambos á igreja para a oração.
Porque eu fui feliz sobre a lareira
E sorri entre a neve de inverno,
Eles vestiram-me em traje de morte
E ensinaram-me a cantar notas de preocupação.
E porque eu sou feliz e danço e canto
Eles pensam que não me causaram injúria,
E foram louvar Deus e o seu Padre e Rei
Que fazem um céu da nossa miséria.
Provérbio III
A ave - um ninho, a aranha - uma teia, o homem - a amizade.
Uma árvore de venenoEu zanguei-me com o meu amigo:
Eu soltei a minha cólera, a minha cólera acabou.
Eu zanguei-me com o meu inimigo:
Eu não a soltei, a minha cólera aumentou.
E eu banhei-a em receios,
Noite e dia com as minhas lágrimas;
E iluminei-a com sorrisos,
E com suaves astúcias enganosas.
E ela cresceu dia e noite,
Até que uma maçã brilhante suportou,
E o meu inimigo o seu brilho contemplou,
Mas ele sabia que ela era minha.
E saltando dentro do meu jardim roubou,
Quando pela noite o tronco escondido ficou,
E de manhã eu vejo, divertido,
O meu inimigo, debaixo da árvore, estendido.
Provérbio IV
Pensa de manhã.
Age ao meio-dia.
Come à tardinha.
Dorme de noite.
O Tigre
Tigre! Tigre! ardendo em chamas
Nas florestas da noite:
Que imortal mão ou olho
Puderam estruturar a tua imponente simetria?
Em que distantes profundezas ou céus
Arde o fogo dos teus olhos?
Em que asas ousa ele elevar-se?
Que mão ousa agarrar o fogo?
E que ombro e que arte,
Podem torcer os nervos do teu coração?
E quando o teu coração começou a bater,
Que terríveis mãos? e que terríveis pés?
Que martelo? Que cadeia?
Em que fornalha esteve o teu cérebro?
Que bigorna? Que terríveis garras
Ousam os seus mortais terrores agarrar?
Quando as estrelas lançarem as suas lanças,
E banharem o céu com as suas lágrimas,
Sorrirá ele por ver a sua obra?
Ele que fez o cordeiro, fez-te a ti?
Tigre! Tigre! ardendo em chamas
Nas florestas da noite:
Que imortal mão ou olho
Ousou estruturar a tua imponente simetria?
Provérbio V
Os tigres da ira são mais sábios que os cavalos de instrução.
Se um louco persistisse na sua loucura, ele tornar-se-ia sábio.
Se os outros não fossem loucos, Nós seríamos.
A Mosca
Pequena mosca,
ao teu jogo de verão
A minha irreflectida mão
Deu um empurrão.
Não sou eu
Uma mosca como tu?
Ou não és tu
Um homem como eu?
Porque eu danço
E bebo e canto:
Até que uma mão cega
Toque a minha asa.
Se pensamento é vida
E força e respiração
E o desejo
De pensamento é a morte;
Então eu sou
Uma feliz mosca
Quer eu viva
Quer eu morra.
Provérbio VI
As horas da loucura são medidas pelo relógio;
mas as da sabedoria nenhum relógio pode medir.
A abelha diligente não tem tempo para a tristeza.
A eternidade está no amor com os produtos do tempo.
Ah!, Girassol!
Ah, Girassol! cansado do tempo,
Quem conta os passos do Sol,
Procurando essa doce região dourada,
Onde a jornada do viajante é realizada:
Onde o Jovem consumido de desejo,
E a pálida Virgem amortalhada de neve,
Se levantam das suas sepulturas e aspiram
Onde o meu Girassol deseja ir.
Provérbio VII
Para ver um Mundo num Grão de Areia,
E um Céu numa Flor Silvestre,
Segura a Infinidade na palma da tua mão,
E a Eternidade numa hora.
Em cada Noite e cada Manhã
Em cada Noite e cada Manhã
Alguns nascem para a Miséria.
Em cada Manhã e cada Noite
Alguns nascem para o doce prazer,
Alguns nascem para o doce prazer,
Alguns nascem para a Noite sem Fim.
Nós somos levados a acreditar numa mentira
Quando não vemos com os Olhos,
O que Nasceu numa Noite, para morrer numa Noite,
Quando a Alma Dormia em Feixes de Luz.
Deus aparece e Deus é a Luz
Para aquelas pobres almas que habitam na Noite,
Mas revela-se uma Forma Humana
àqueles que habitam nos Reinos do Dia.
Tradução - RDP - Maria de Nazaré Fonseca
http://www.rtp.pt/antena2/?t=Benjamin--Britten.rtp&article=248&visual=16&layout=27&tm=15&autor=257
Etiquetas:
Canções,
Provérbios,
William Blake
Middle-Summer tiny song - Fabrizio Paterlini
https://soundcloud.com/#fabrizio-paterlini/middle-summer-tiny-song
Sobre um poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
Os sete poemas de «Servidões», ditos por Fernando Alves.
Os sete poemas de «Servidões», ditos por Fernando Alves.
(Iniciativa com o apoio da Assírio &Alvim)
Aqui:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3241601
(Iniciativa com o apoio da Assírio &Alvim)
Aqui:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3241601
Etiquetas:
Fernando Alves,
Herberto Helder,
TSF
segunda-feira, 22 de julho de 2013
sábado, 20 de julho de 2013
Bach Orch Suite
Bach Orch Suite BWV 1069 2/2
2. Bourree I, II
3. Gavotte
4. Menuett I, II
5. Rejouissance
Guy Touvron Trumpet
Miroslav Kejmar Trumpet
Zdenek Sedivy Trumpet
Slovak Chamber Orchestra
Bohdan Warchal Conductor
Recorded in 1985 by Opus, Slovakia
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Agustina Bessa-Luís
"A arte não pode ser política, nem sujeição social, nem glosa duma ideia que faz época; nem mesmo pode estar de qualquer forma aliada ao conceito «progresso». É algo mais. É o próprio alento humano para lá da morte de todas as quimeras, da fadiga de todas as perguntas sem solução." Agustina Bessa-Luís
" Eu tenho um segredo: não dou a ninguém o direito de me roubar, nem de me estragar a Alegria que me pertence."
( José de Almada Negreiros)
( José de Almada Negreiros)
Etiquetas:
José de Almada Negreiros,
reflexão
segunda-feira, 15 de julho de 2013
domingo, 14 de julho de 2013
Your Life Is Your Life - Charles Bukowski
your life is your life
don’t let it be clubbed into dank submission.
be on the watch.
there are ways out.
there is a light somewhere.
it may not be much light but
it beats the darkness.
be on the watch.
the gods will offer you chances.
know them.
take them.
you can’t beat death but
you can beat death in life, sometimes.
and the more often you learn to do it,
the more light there will be.
your life is your life.
know it while you have it.
you are marvelous
the gods wait to delight
in you.
@Charles Bukowski
IL CUORE CHE RIDE
La tua vita è la tua vita,
non lasciare che sia bastonata fino all'umidiccia
sottomissione,
stai in guardia.
Ci sono vie d'uscita.
C'è luce da qualche parte, può
non essere molta luce,
ma sconfigge la tenebra.
Stai in guardia,
gli dei ti offriranno delle occasioni.
Riconoscile, prendile.
Non puoi sconfiggere la morte,
ma puoi sconfiggere la morte nella vita qualche volta,
e quanto più spesso tu
impari a farlo,tanta più luce
ci sarà.
La tua vita è la tua vita, sappilo mentre
ce l'hai.
Sei meravigliosa, gli dei aspettano
di compiacersi in te
La tua vita è la tua vita. http://youtu.be/7jKUBOW0hxE**************viahttp://milan-poetry.blogspot.pt/2007/03/laughing-heart-charles-bukowski.html
Subscrever:
Mensagens (Atom)