Se botarmos o espelho da História
Na nossa frente
Veremos atrás de nós
Todos os nossos antepassados
Um a um
Repararemos na glória dos momentos
Nunca nos pecados
Quando me boto frente ao espelho da História
Reparo num detalhe
Ouço no coreto da memória
O som que faz que eu pare
É o violino de meu avô
Que era um artista
E fez mais que muito doutô
Vou andar!
E o som ecoa...
E me sinto rodeado de notas
Que até parece uma garoa
Harmoniosa, melodiosa, rítmica
O som ecoa, ecoa...
A garoa é colorida
me-di-ci-nal
Nessas horas, a alma voa
Busco toda a vida que há no meu ser
E encontro
Achei.
Por isso,
Posso ir embora.
Vitor Nunes Bustamante Reis
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