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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Henry Miller

«Quando, por fim, todos os homens perceberem que não há nada a esperar de Deus, nem da sociedade, nem dos amigos, nem dos tiranos benevolentes, nem dos governos democráticos, nem dos santos, nem dos salvadores, nem sequer da mais sagrada das coisas sagradas, a educação, quando todos os homens perceberem que terão que se salvar por obra das suas prórias mãos e que não precisam da piedade de ninguém..., talvez então... Talvez! Mesmo nessa altura, tendo em conta a massa humana de que somos feitos, duvido. O que interessa é que estamos condenados. Talvez morramos amanhã, talvez daqui a cinco minutos. Façamos o nosso balanço. Podemos fazer com que os últimos cinco minutos valham a pena, sejam agradáveis e talvez alegres, se preferirem. Ou dissipá-los como fizemos com as horas, os dias, os meses, os anos e os séculos. Nenhum deus virá salvar-nos. Nenhum sistema de governo, nenhuma crença nos dará essa liberdade e essa justiça por que os homens anseiam mesmo no estertor da morte.»

- Henry Miller, in Carta Aberta a Todos os Surrealistas do Mundo

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