A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. (...)
O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam-se de vidro as paredes da sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas acções – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa-as a lente da celebridade para espectaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade. (...)
Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê-lo. - Fernando Pessoa, 1915
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
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