«- Como estás?, é uma bela questão. Normalmente respondo - Sei lá, porque não gosto de mentir. E sei lá de facto. Umas vezes estou redondo, outras quadrado, outras cheio de picos, outras liquefeito, outras não estou sequer: deslizo por aí armado em nuvem. - Como estás?, e é impossível responder - Deslizo por aí armado em nuvem» António Lobo Antunes
"The Drive For Impulsive Actions", o novo espectáculo de Eduardo Raon combina Harpa, Daxophone, Electrónica e Vídeo numa performance que aborda a acção impulsiva tanto animal como humana, gestos involuntários socialmente contagiosos e sons orais na fronteira da consciência com a memória infantil. Observar insectos é uma brincadeira de crianças frequente, mas quanto desta aparentemente aleatória/irreflectida maneira de agir partilhamos nós com os insectos?
Bio:
Embora tenha tido formação clássica na Harpa, Eduardo Raon nunca se sentiu satisfeito em ter os dois pés no mesmo terreno. Rock, contemporânea, experimental, noise, pop, retro e música electrónica são tudo parte da bagagem que Eduardo Raon traz para o palco. Com uma atitude mista que oscila entre o visceral e o delicado, a sua Harpa é mastigada, esticada, derretida, acendida, consumida, florescida, acariciada... Os mais atentos tê-lo-ão já visto actuar com POWERTRIO, Bypass, Ela Não É Francesa Ele Não É Espanhol, Hipnótica ou a solo. Como compositor tem trabalhado para cinema, cinema de animação, publicidade, teatro, dança e artes plásticas.
É comum a ideia de que os velhos são os conservadores típicos e os jovens são os inovadores. Não é bem assim. Os conservadores mais típicos são os jovens, os que querem viver mas não pensam nem têm tempo para pensar como viver e que, por isso, optam pelo modelo de vida já existente.
Tolstói em O Diabo e Outros Contos (1889-90)
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