Se me amares
virás pela manhã
e ninguém saberá de nós senão o sol
na claridade dos teus passos.
Virás para me dizer do tempo que foi nosso
e mudos seremos no estar até que a dor nos passe
dos nossos desencontros.
Virás de mãos vazias
que as rosas regressam na primavera
e ficam melhor espalhadas como nascem
sem que as mãos as firam.
Sem ti é tudo tão pequeno
que tenho medo do mundo.
Só as palavras ditas me seguram
no espelho dos meus dias tristes.
Preciso de te amar de vez em quando
com palavras de sangue.
Nas veias me corres
como nos dias tórridos de verão
no calor de cada sílaba.
Onde e quando essa areia ardida?
um poema de Maria Isabel Fidalgo
no * manual de inquietura *
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