Os milhafres do medo desabaram
Nas palavras não ditas nos olhares
Nos gestos mais ausentes e perdidos
Nas palavras mais tristes
No hálito gelado do inverno
Os milhafres do medo regressaram
Só no manto da noite desenharam
Uma cólera íntima mortalLevanta pois a voz que não desiste
E deixa amanhecê-la livre e justa
Congelado o silêncio nas palavras
Deixa agora que sejam o teu grito
Nunca fiques cansado rente ao chão
A vida em debandada e sem futuro
Deixa a luz que perdeste regressar
Sem dor e sem limites
[Rui Namorado]
Nas palavras não ditas nos olhares
Nos gestos mais ausentes e perdidos
Nas palavras mais tristes
No hálito gelado do inverno
Os milhafres do medo regressaram
Só no manto da noite desenharam
Uma cólera íntima mortalLevanta pois a voz que não desiste
E deixa amanhecê-la livre e justa
Congelado o silêncio nas palavras
Deixa agora que sejam o teu grito
Nunca fiques cansado rente ao chão
A vida em debandada e sem futuro
Deixa a luz que perdeste regressar
Sem dor e sem limites
[Rui Namorado]
"Os milhafres do medo" in_ " O GRANDE ZOO",11 Abril,2012
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