«- Como estás?, é uma bela questão. Normalmente respondo - Sei lá, porque não gosto de mentir. E sei lá de facto. Umas vezes estou redondo, outras quadrado, outras cheio de picos, outras liquefeito, outras não estou sequer: deslizo por aí armado em nuvem. - Como estás?, e é impossível responder - Deslizo por aí armado em nuvem» António Lobo Antunes
Vamos fazer o que ainda não foi feito – Pedro Abrunhosa
Sei que me vês, Quando os teus olhos me ignoram Quando por dentro eu sei que choram Sabes de mim Eu sou aquele que se esconde Sabe de ti sem saber onde Vamos fazer o que ainda não foi feito. Trago-te em mim Mesmo que chova no verão Queres dizer sim mas dizes não Vamos fazer o que ainda não foi feito.
(refrão) E eu sou mais do que te invento Tu és um mundo com mundos por dentro, E temos tanto para contar. Vem esta noite, Fomos tão longe a vida toda Somos um beijo que demora, Porque amanhã é sempre tarde de mais.
Eu sei que dói, Sei como foi andares tão só por essa rua As vozes que te chamam e tu na tua Esse teu corpo é o teu porto é o teu jeito Vamos fazer o que ainda não foi feito. Sabes quem sou Para onde vou A vida é curva não uma linha As portas que se fecham e eu na minha A tua sombra é o lugar onde me deito (refrão)
Tens uma estrada, Tenho uma mão cheia de nada. Somos um todo imperfeito, Tu és inteira e eu desfeito. Vamos fazer o que ainda não foi feito. (refrão)
É comum a ideia de que os velhos são os conservadores típicos e os jovens são os inovadores. Não é bem assim. Os conservadores mais típicos são os jovens, os que querem viver mas não pensam nem têm tempo para pensar como viver e que, por isso, optam pelo modelo de vida já existente.
Tolstói em O Diabo e Outros Contos (1889-90)
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