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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

IMPULSIONE O SEU CÉREBRO


"Hoje, as pessoas preocupam-se muito em melhorar a sua qualidade de vida para enfrentar, com maior possibilidade de sucesso, as diferentes situações que surgem com frequência no dia-a-dia. Para isso, não é suficiente desenvolver apenas o potencial físico, preparando o corpo por meio de ginástica, exercícios e actividade aeróbica. Numa visão integral do ser humano, também é necessário desenvolver o potencial interno."

Ele é especial

Responsável pela inteligência e pelos sucessos ou insucessos pessoais e profissionais, o cérebro é a estrutura mais complexa e o mais desafiante instrumento do corpo. Tão grande é a sua importância, que é o único órgão do corpo com uma embalagem rígida para a sua protecção, o crânio.
O cérebro cuida não só da manutenção da vida como também das emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas. É responsável pela criatividade, inteligência e aprendizagem.
O cérebro é o único órgão com possibilidade de melhorar o próprio desempenho quanto mais for utilizado. Um cérebro constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado terá um desempenho cada vez melhor, independentemente da idade da pessoa.
Órgão do pensamento e da coordenação neural, ele funciona por meio dos estímulos que recebe e interpreta todos os órgãos sensoriais: audição, visão, olfacto, tacto e paladar. Esses estímulos estão a fornecer, constantemente, informações captadas do ambiente. Tais informações são recebidas, transformadas em descargas eléctricas e transmitidas de neurónio para neurónio através dos dendritos e sinapses (ligações cerebrais entre neurónios) para as diversas memórias que compõem o cérebro. Aí, ficam arquivadas aguardando o momento de serem usadas.
Mas não é suficiente ter as informações arquivadas nas memórias cerebrais. A medida da inteligência é dada, principalmente, pela rapidez e presteza com que as informações são resgatadas no arquivo cerebral. Elas são cruzadas com informações que vêm de outros arquivos e colocadas à disposição da pessoa para as decisões necessárias.

Necessidade de exercício

Para que todo esse trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e rapidez, é preciso que o cérebro esteja com os seus caminhos de informações ou sinapses devidamente desimpedidos, activos, em forma e prontos para utilização. Só assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no tempo necessário, e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões.
Daí a necessidade de o cérebro ser constantemente exercitado para abrir os caminhos e aumentar as ligações. Isso pode ser feito através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados de maneira apropriada, entram e estimulam partes específicas do órgão, anteriormente pouco utilizadas e desconectadas do conjunto cerebral.
Como o cérebro é dividido em duas partes, hemisférios direito e esquerdo, que são responsáveis por actividades e controlos diferentes no corpo, é necessário activar e estimular esses hemisférios para que trabalhem simultânea e integralmente, oferecendo a possibilidade da sua utilização de maneira total.
Essa é a base da ginástica cerebral desenvolvida por uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia, coordenada por um médico indiano radicado nos Estados Unidos, chamado Paul Denisson. As vantagens da ginástica cerebral são evidentes.
Com o cérebro exercitado, vive-se mais e melhor, evitando ou diminuindo os efeitos de alguns problemas característicos da velhice, como perda de memória e senilidade, despertando a criatividade e aumentando a capacidade de aprendizagem de raciocínio e de memória.

Saindo da rotina

Exercícios físicos, palavras cruzadas, quebra-cabeças, andar para trás e tomar banho no escuro podem ser estimulantes para o cérebro, dizem os especialistas na área. Segundo médicos, esse tipo de actividade é importante para manter o cérebro activo.
De acordo com a geriatra Fátima Fernandes Christo, na terceira idade podem aparecer doenças como a doença de Alzheimer, que interferem na memória, mas são a excepção e não a normalidade. Essa informação já foi confirmada pela revisão de 40 anos de estudos feitos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
Uma pesquisa, que avaliou homens e mulheres com mais de 65 anos de idade, concluiu que aqueles que se exercitam entre 15 e 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, reduzem os riscos de sofrer de doença de Alzheimer.
A mudança da rotina é um factor importante para o desenvolvimento da capacidade mental. Mas apenas substituir uma acção por outra não quer dizer que o cérebro faça novas conexões. Por exemplo, quando se escreve um texto usando uma caneta, algumas áreas do cérebro são activadas. Se escrever o mesmo texto, mas com lápis, a diferença será pequena, mas escrever com a mão esquerda ou com um teclado leva o cérebro a criar novas conexões e a desenvolver-se.
Tente gozar férias em lugares desconhecidos, aprender um novo idioma, comunicar através de língua gestual ou praticar um hobby. Sair da rotina, viajar, ler, estudar, usar o relógio no braço trocado, aprender alguma arte. Qualquer situação nova, fora da rotina, que traga prazer, pode servir como estimulante.

Cinco coisas que preservam o poder do cérebro

• Habitue-se a ler pelo menos 20 páginas de um livro por dia.
• Faça palavras cruzadas ou algum outro passatempo que exija algum esforço mental.
• Aprenda a tocar um instrumento musical.
• Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana.
• Caminhe ao ar livre. Assim, levará o seu cérebro a passear.


Cinco coisas que prejudicam o cérebro

• Inactividade física.

• Inactividade mental.

• Passar longas horas diariamente em frente da televisão.

• Assistir a novelas e outros programas de baixa qualidade na televisão.

• Drogas de qualquer tipo, incluindo cafeína, tabaco e álcool.


“O ser humano é capaz de manter a actividade das células cerebrais durante toda a vida, conservar bom raciocínio mesmo na velhice”, informa Fátima Christo. Há diversos casos de pessoas com 90, 100 anos, que continuam a ter bom raciocínio e a lembrarem-se das coisas. Exercícios de raciocínio não são o único factor importante para o bem-estar do cérebro. É necessário também que a pessoa se sinta sempre útil, caso contrário, pode ficar deprimida. E quando há doença, mesmo com estímulo, o cérebro não responde.

Neusa Pinheiro
Jornalista

(ler artigo de Neusa Pinheiro na revista Saude & Lar de Julho 2009)
via
http://www.saudelar.com/edicoes/2009/julho/principal.asp?send=03_saude.htm

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