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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MESTRES

"Na caminhada da vida fazemos sucessivamente reflexões.
Parte dessas reflexões são resultantes das “pontes” que estabelecemos entre a prática de vida e alguns ensinamentos colhidos dos “mestres” que vamos elegendo.
Confesso que tenho ainda necessidade de “mestres”. Terei sempre necessidade deles por mais que me digam que temos que ser, ou descobrir, a capacidade de sermos mestres de nós próprios.
De Cristo, Séneca, Rilke, Pessoa, Eugénio de Andrade, a algumas pessoas de dons especiais que tenho encontrado na vida, e que, na vida, não resisto a eleger como autênticos mestres, todos eles são muito importantes para mim.
Cristo tem-me ensinado “Amor”. O incondicional.
Séneca, filósofo, escritor e político romano do início do sec I d.c. ensinou-me, nas suas cartas a Lucílio, o quanto podemos e temos ainda a aprender com os sábios da antiguidade e o quanto se mantêm actuais muitas das suas reflexões.
Os poetas de que falo e tantos outros têm-me ensinado a beleza e a complexidade humana expressas na palavra, assim como a genialidade e a simplicidade da poesia, a verdade que ela contém do nosso dia a dia, assim como a importância de sermos nós a descobrir a riqueza do nosso quotidiano, isento de culpa quando nos parece pobre.
As pessoas, essas de dons especiais que tenho encontrado na vida e que elegi como mestres, procuro que saibam o que representam para mim. Não resisto a dizer-lhes o que sinto, pela profunda gratidão que me despertam… e porque, de facto, o são.
Essas pessoas de que falo e algumas outras que vou tendo o privilégio de conhecer têm-me ensinado a ver a vida da forma que o espanto permite.
Surpreendem-me. Tocam-me. Estimulam-me reflexões. Fazem-me parar e prosseguir. Saborear. Sorrir. Chorar, porque não? E mudar, descobrir, perder, encontrar, fazer… Viver!
Obrigada a todos quantos, de forma directa são meus amigos e continuam disponíveis para uma conversa ou partilha de silêncios.
Obrigada também àqueles que não conheço pessoalmente mas que leio e me transportam, como o valter hugo mãe, o José Luís Peixoto, o Mia Couto, entre tantos outros.
Hoje não resisto a um agradecimento muito especial à Zilda Cardoso, pela sua coragem de partilhar no seu blog um texto como “o dia seguinte”, entre tantos outros.
Reflexões intimistas de expressão tão poética quanto verdadeira e realista.
Toca-me profundamente.
(http://zildacardoso.blogs.sapo.pt

)
É bom descobrirmos “mestres” e sabermos que estão por aí. Vivos, despertos. Dispostos a partilhar
."

Lido aqui:
http://inescrever.wordpress.com/

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