quinta-feira, 30 de junho de 2011
Rainer Maria Rilke
"Do not assume that he who seeks to comfort you now, lives untroubled among the simple and quiet words that sometimes do you good. His life may also have much sadness and difficulty, that remains far beyond yours. Were it otherwise, he would never have been able to find these words"
— Rainer Maria Rilke
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke
— Rainer Maria Rilke
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke
C.P. Scott
There's time to act as an howl
And there's time to act as an hawk
- King D. João II of Portugal (roughly translated)
Não há tempo para agir como um lamento
E não há tempo para agir como um falcão
- Rei D. João II de Portugal (traduzido aproximadamente)
Comentário é livre, mas os fatos são sagrados
- C.P. Scott
Comment is free, but facts are sacred
- C.P. Scott
http://www.google.com/+/demo/
And there's time to act as an hawk
- King D. João II of Portugal (roughly translated)
Não há tempo para agir como um lamento
E não há tempo para agir como um falcão
- Rei D. João II de Portugal (traduzido aproximadamente)
Comentário é livre, mas os fatos são sagrados
- C.P. Scott
Comment is free, but facts are sacred
- C.P. Scott
http://www.google.com/+/demo/
HUGH MERRILL-DIVERGENT CONSISTENCIES-BOOK RELEASE-2011
Chameleon Community Art Director Hugh Merrill discusses his work at the recent release party on April 22nd, 2001 for Divergent Consistencies, a book charting his 40-year studio and community art career....
via
http://www.chameleon-ayd.org/index1.htm
http://www.deannaskedel.com/
http://www.youtube.com/watch?v=d3gTDR74fw8&feature=player_embedded#at=58
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Marilyn Monroe
"I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I am out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best." — Marilyn Monroe
terça-feira, 28 de junho de 2011
«Scenes from the Suburbs»
http://mubi.com/films/scenes-from-the-suburbs/watch
http://www.tvi24.iol.pt/musica/arcade-fire-curta-metragem-scenes-from-the-suburbs-filme-cinema-mubi/1263133-4060.html
http://www.tvi24.iol.pt/musica/arcade-fire-curta-metragem-scenes-from-the-suburbs-filme-cinema-mubi/1263133-4060.html
Timothy Williamson
A percepção não esgota o nosso contacto com a realidade; também podemos pensar. Não nos deram qualquer razão para aceitar o preconceito empirista de que o que não pode ser imaginado perceptivamente é por isso mesmo suspeito.
Timothy Williamson
Timothy Williamson
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Swell season + Daniel Johnston - Life in vain - HD-ACL
Daniel Johnston "Todas as Artes aspiram à condição da música".
Um regresso aos anos 70...
Um disco de tributo ao Miles Davis, no qual entram alguns dos músicos que tocaram com ele. Participam nomeadamente Dave Liebman (Flatuta), Kala Ramnath (violino), Adam Holzman (teclados),
Pete Cosey (guitarra), Michael Henderson (baixo), A. Sivaman (percussion), Vikku Vinayakram (voz) e Gino Banks (bateria).
overdose
Sobredosis from Horatiux on Vimeo.
O mapa da grande crise sistémica que enfrentamos é composto por quatro elementos principais, altamente inter-relacionados: Economia, Ambiente, Energia e Pressão Demográfica.
Em tempos de crise, os líderes fortes e empresas vão à procura de soluções simples. Mas ... E se soluções económicas que estão a ser levantadas cotêm os mesmos erros que causaram o desastre?
Este documentário descreve e analisa a história da maior crise económica de nosso tempo:que ainda está por vir
Quando estourou a bolha financeira mundial, a solução era diminuir as taxas de juros e injetando bilhões de dólares, sem um sistema bancário backing doente. Apenas uma solução deste tipo criado um problema maior, e que a próxima crise será pior. Governos já estão a ficar sem combustível para alimentar a economia. Ainda pode ser capaz de salvar os bancos, mas a partir de agora, a questão mais preocupante é que vai salvar o governo ...
http://i-ratio.blogspot.com/
domingo, 26 de junho de 2011
Miguel Bruno Duarte
«Quem são os estrangeirados? São os que, entre nós, começam por rebaixar a tradição histórica portuguesa. Depois, os mesmos que, com ares de erudição parasitária e monografista, imitam tudo o que se faz e pensa lá fora, para assim, numa atitude de total e passiva subserviência mental, aderir aos sistemas e ideologias com que a Europa nórdica e central se impõe aos povos do Sul. Por fim, os que, apanhados na rede universitária, nunca mais, pelo menos nesta vida, saberão o que seja, no seu carácter único e inconfundível, a arte, a cultura e o pensamento dos Portugueses.» (Excerto de texto de Miguel Bruno Duarte, publicado na Leonardo - Revista da Filosofia Portuguesa em 2008)
Fora de Portugal, Portugal não existe
"Uns dias fora daqui fazem sempre um inestimável bem às ideias e à perspectiva. Fora de Portugal, Portugal não existe: o mundo não quer, rigorosamente, saber de nós para nada."
Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares
Elis Regina
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Eu quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo te alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousa frouxa, farta,
murcha, morta de cansaço
Eu quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Eu quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
a ferro, a fogo
Em carne viva
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas nem sentes
(Tatuagem - Chico Buarque)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Booktrailer "A Contradição Humana" de Afonso Cruz.wmv
Trabalho elaborado por um grupo de alunos do oitavo ano de escolaridade da Escola E.B.2,3 Gil Vicente (Guimarães), no âmbito da "Oficina de Escrita".
https://www.youtube.com/watch?v=A4DzOzckOpg&playnext=1&list=PL35B630AE3256231D
Der Golem, by Gustav Meyrink (Illustrated by Hugo Steiner-Prag)
"O homen era tétrico, tal como o era o Meyrink na Austria e o Poe na inglaterra, na literatura do sec XIX. É fascinante a Europa central dos sec. XIX e XX."
Gustav Meyrink (January 19, 1868 -- December 4, 1932) was the pseudonym of Gustav Meyer, an Austrian author, storyteller, dramatist, translator, and banker, most famous for his novel The Golem.
During 1915 the first and most famous of Meyrink's novels, The Golem, was published, though its drafts may be traced back to 1908. The novel is rooted in Jewish legend about a Rabbi who made a living being called a golem (גולם) out of clay and animated it with a Kabbalistic spell, although these legends have little to do with the plotline. The main character is Athanasius Pernath, a contemporary lapidary from Prague. It is left to the reader to decide whether Pernath is simply writing down his hallucinations or gradually turning into a real golem. The novel was a great success and many copies were published. During 1916 one more compilation of short stories, Bats, and soon a second novel, The Green Face, was published. The next year his third novel, Walpurgis Night, was written.
By 1920 Meyrink's financial affairs improved so that he bought a villa in Starnberg. The villa became known as "The House at the Last Lantern" after the name of the house from The Golem. There he and his family lived for the next eight years and two more works — The White Dominican and Meyrink's longest novel The Angel of the West Window — were written.
The name "Fortunat" did not bring much luck to Meyrink's son: during the winter of 1932, while skiing, he injured his backbone terribly. That meant that for the rest of his life he would be confined to his armchair. On July 12, at the age of 24 he committed suicide — at the same age as his father was going to do it. Meyrink survived his son by half a year. He died on December 4, 1932 in Starnberg, Bavaria, Germany. He is buried in Starnberg Cemetery.
Music by Béla Bartók, 'String Quartet n.6 -- 1° Mov.'
https://www.youtube.com/watch?v=UKh6l9IhWyo&feature=player_embedded
Borges
“O que são as palavras dormindo num livro? O que são esses símbolos mortos? Nada, absolutamente. O que é um livro se não o abrimos? Simplesmente um cubo de papel e couro, com folhas; mas se o lemos acontece algo especial, creio que muda a cada vez.”Argumentos de Jorge Luís Borges .
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Theodore Roosevelt
It is not the critic who counts, not the man who points out how the strong man stumbled, or where the doer of deeds could have done them better. The credit belongs to the man who is actually in the arena, whose face is marred by dust and sweat and blood; who strives valiantly; who errs and comes short again and again; who knows the great enthusiasms, the great devotions, and spends himself in a worthy cause; who, at best, knows in the end the triumph of high achievement; and who, at worst, if he fails, at least fails while daring greatly, so that his place shall never be with those cold and timid souls who know neither victory nor defeat.” - Theodore Roosevelt
http://olhardigital.uol.com.br/produtos/seguranca/noticias/saiba_se_seu_e-mail_foi_acessado_por_hackers_do_lulzsec
https://shouldichangemypassword.com/
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quarta-feira, 22 de junho de 2011
Umberto Eco
“Sinto-me profundamente feliz! Afinal, se hoje completo 80 anos, significa que consegui vencer inúmeros obstáculos na vida, obstáculos que abreviam a existência de muitos, tais como acidentes, doenças graves, guerras, etc. Ao viver mais, pude experimentar o amadurecimento do espírito e cultivar a sabedoria.”
Umberto Eco*, em resposta à questão "-como se sente neste momento?" no dia do seu 80º aniversário.
*Umberto Eco, é considerado uma das três maiores personalidades do final do século XX.
Umberto Eco*, em resposta à questão "-como se sente neste momento?" no dia do seu 80º aniversário.
*Umberto Eco, é considerado uma das três maiores personalidades do final do século XX.
Gabriel Garcia Marquez
Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens, provar-lhes-ia como estão enganados ao pensarem que deixam de apaixonar-se quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de apaixonar- se. (Gabriel Garcia Marquez)
terça-feira, 21 de junho de 2011
O mistério do álbum de fotografias
"Um álbum de fotografias tornou-se um grande mistério. De autor desconhecido, as imagens mostram diversos nazistas, incluindo Adolf Hitler, e também fotos de vitimas do nazismo. O álbum, ao que parece, contém registros de campanhas nazistas na Europa Oriental na Segunda Guerra. As fotos pertencem um executivo de moda norte-americano que, devido a um tratamento médico caro que o levou à ruína econômica resolveu vendê-las. Sob condição de manter-se no anonimato, o executivo pediu para o blog Lens, do The New York Times, que tentasse através de seus leitores a identificação do autor para reforçar o seu valor antes do leilão. O executivo disse que recebeu o álbum como garantia de um empréstimo que ele fez a um empregado, que por sua vez, adquiriu o álbum de um jardineiro alemão. As fotografias mais enigmáticas são aquelas em que aparece o Hitler, devido à constante proximidade, certamente o fotógrafo gozava da confiança do líder nazista. No total há 214 fotografias que parecem ter sido feitas na Europa Oriental, especialmente na Hungria e Rússia." Acesse a matéria do Lens
Aqui :
http://lens.blogs.nytimes.com/2011/06/21/mysteries-of-a-nazi-photo-album/
via
http://imagesvisions.blogspot.com/2011/06/new-york-times-pede-ajuda-leitores-para.html?spref=fb
Aqui :
http://lens.blogs.nytimes.com/2011/06/21/mysteries-of-a-nazi-photo-album/
via
http://imagesvisions.blogspot.com/2011/06/new-york-times-pede-ajuda-leitores-para.html?spref=fb
Matthieu Ricard
"Cesser de chercher à tout prix le bonheur à l'extérieur de nous, apprendre à regarder en nous-même mais à nous regarder un peu moins nous-même, nous familiariser avec une approche à la fois plus méditative et plus altruiste du monde..."
Matthieu Ricard
Matthieu Ricard
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
scott gutke
"The goal is not to change your subjects, but for the subject to change the photographer - Author Unknown"
http://www.scottgutke.com/
http://www.scottgutke.com/
"Como Traduzir o Desejo?"
Der Himmel uber Berlin - 1/3 from RSM on Vimeo.
"Como Traduzir o Desejo?"
Apontamentos erráticos sobre o filme "Asas do Desejo"*
por Henrique Marcusso**
"Quando a criança era criança
Ela caminhava com os braços balançando
Ela queria que o riacho fosse um rio,
O rio uma torrente
E essa poça d'água, o mar.
Quando a criança era criança,
Ela não sabia que era criança.
Tudo era inspirado nela,
E todas as almas eram uma só.
Quando a criança era criança,
Ela não tinha opinião sobre nada,
Não tinha nenhum hábito
Ela se sentava de pernas cruzadas,
Saía correndo de repente.
Tinha um redemoinho no cabelo
E não fazia caras quando ia tirar fotografias.
Quando a criança era criança,
Era a época dessas perguntas:
Por que eu sou Eu
E não Você?
Por que eu estou aqui e
por que não lá?
Quando começou o tempo
E onde termina o espaço?
A vida sob o sol não é apenas um sonho?
Não seria tudo o que eu posso ver, ouvir e cheirar
Apenas a aparência de um mundo anterior a este mundo?
Existem mesmo o Mal
E pessoas que são realmente más?
Como é que eu, o Eu que eu sou,
Antes que eu viesse a ser, não era ?
E como é que uma dia eu,
o Eu que eu sou, não mais serei
o eu que Eu sou?" ***
Peter Handke.
"O CÉU SOBRE BERLIM"
A primeira questão que nos assalta ao pensar no filme "Asas do Desejo" é seu título. No original em alemão lemos "Der Himmel über Berlin" (1) que quer dizer "O Céu sobre Berlim". Por que renomeá-lo?
Obviamente, deve haver aí razões próprias do mercado cinematográfico. Talvez para tornar o filme mais acessível, mais universal, menos localizado, acharam por bem rebatizá-lo com um título mais explícito, o qual mais diretamente pudesse dizer/revelar seu tema principal. Mas, teria realmente sido uma boa escolha?
Embora muito poético, o título "Asas do Desejo" é associado imediatamente ao conflito central do filme, ou seja, ao de um anjo que deseja. E isso facilita muito o trabalho para as resenhas, os roteiros rápidos sobre entretenimento em jornais, para o grande público que precisa de uma "dica" clara sobre o filme que estará escolhendo para a noite de Sábado. "Asas do Desejo" é sem dúvida um belo título, pois nos inspira imagens do tipo: "deve ser um filme sobre os vôos do desejo" ou "o desejo voa, o desejo tem asas, ele flui, o desejo vai a qualquer parte". Nada mais justo. Por outro lado, por que veríamos um filme sobre o céu de Berlim? O que nos atrairia para tanto?
Berlim, uma cidade dividida - na época do lançamento do filme (1988). Uma cidade marcada pela disputa do poder mundial, palco da batalha ideológica da Guerra Fria, traumatizada pela cicatriz do Muro que separava dois mundos, uma fronteira mais que apenas geográfica, objetiva, concreta. Berlim-máscara, Berlim-vitrine. Uma zona de tensão, de interditos, de cortes, mas também de fluxos invisíveis de energias, de subjetividades, zona de alta energia, zona do desejo. Hitler, Lenin, Kennedy, Helmut Kohl, Mitterrand, Reagan, Thatcher, Nina Hagen, Punks, U-Bahn, S-Bahn, Underground, Alternativos, Os Verdes, Inácio de Loyola Brandão, Ubaldo, Gorbachov, Nick Cave, Pink Floyd, Love Parade, Música Eletrônica, Nefertiti. O mundo mudou?
Sim, o mundo mudou. E a mudança se deu em Berlim. Berlim foi a vila do mundo. A praça central onde tudo aconteceu. Nesse sentido, o título original em alemão torna-se mais interessante: "Der Himmel über Berlin" pode significar o que estava escondido, o que pairava sobre nossas cabeças na época. O desejo de Berlim era o desejo do Homem de superar sua divisão, de tornar-se um com o todo, de colar suas partes, de resgatar seus elos perdidos, de voltar ao paraíso, mesmo que este paraíso implicasse um mergulho na temporalidade e o encontro de sua finitude, de sua mortalidade, para assim restaurar o Sentido. O Espírito tornando-se Matéria. Fluir e enfim exaurir-se. Cumprir um destino. O Anjo tornar-se Homem. A poça d'água tornar-se mar. O mar de intensidades e forças que é o mundo. O Homem tornar-se Homem.
A condição humana é como o circo endividado do filme. O sonho do circo-círculo paradisíaco, da inocência perdida que não tem mais lugar, da Poesia que não produz Capital, dos anseios que não levam a nada, da esperança equilibrista, dos bêbados e drogados que não operam na materialidade e que só deliram. Qual mundo desejamos?
Desejamos um mundo...
DESEJO: FREUD, ESQUIZOANÁLISE E NIETZSCHE
Pensemos sobre o Desejo. Para a psicanálise, o desejo está ligado ao "Complexo de Édipo". O desejo é um fantasma, uma falta, é a busca de restauração de um estado em que supostamente já estivemos, no abrigo do amor materno, no qual o corpo da Mãe era o mundo que não impunha diferença entre o Eu e o Outro. Não havia privação, não havia oposição, não havia limite. Não havia o Outro. Tudo era um só. Segundo Freud e os psicanalistas (2), vemos todos os objetos de satisfação do desejo como substitutos daquele estado de plenitude onde tudo o que queríamos era realizado, não havia frustração, necessidade, falta, privação.
Ora, se não havia privação, também não haveria necessidade em tal estado. Não haveria Desejo!
O desejo só passaria a existir quando nos tornássemos um outro, separado. Um outro aparte, em um mundo aparte. O desejo seria condição de nosso ser único, de nossa individualidade. O desejo fundaria o sujeito (2), seria constituinte do sujeito. A partir do momento em que desejamos, entraríamos para o mundo da temporalidade, da subjetividade e da realidade. No entanto, ainda segundo Freud, o objetivo do desejo é nostálgico, é o de retornar àquele estado onde não desejávamos. Daí, conclui-se que o desejo busca sua instinção, o fim do desejo e consequentemente o fim do sujeito, o fim do tempo. O desejo seria um paradoxo: a busca da Vida e a busca da Morte. Estaríamos então inexoravelmente presos a este dilema existencial? O que mais poderia significar a palavra Desejo? Que outro mistério ela abarcaria que nos pudesse livrar de tal maldição? Seriamos apenas seres sem futuro, vivendo de um passado dourado ao qual já não se pode voltar?
Para nosso consolo, a palavra "Desejo" tem sua origem latina em "Sidus" que significa estrela (3), ou seja, uma distante luz presente no céu noturno. As estrelas sempre foram marcos de orientação espacial-temporal, coordenadas que auxiliavam os homens em suas atividades e jornadas. Estão também relacionadas ao destino, ou seja, ao cumprimento de um tempo e a realização de algo, de um significado dentro desse tempo, à busca e à descoberta de uma trajetória e de uma escolha de caminho.
No pensamento contemporâneo, podemos também destacar a clara oposição de Deleuze e Guattari às idéias de Freud. Para eles, somos "máquinas-desejantes" (3) produtoras de realidade. O desejo seria então "produção" - criação do novo! Desejo seria então Devir. Esses dois pensadores franceses inspiraram-se na obra de Nietzsche - e em sua "Filosofia do Porvir" - e assim redefiniram o conceito de desejo, anteriormente apropriado pelas tendências pessimistas dos séculos XIX e XX. Seria assim proveitoso para nossa discussão elucidar uma passagem específica do "Assim falava Zaratustra" (4), a qual aparentemente não encontrou ainda uma tradução digna nem em Português nem em Inglês, quando se refere especificamente a questões do Desejo e de sua afirmação.
Assim, vejamos: Na Terceira Parte do Zarathustra encontra-se o capítulo "A Outra Canção para Dançar" (4), na qual parece haver um mal-entendido quanto ao significado da palavra "Lust". Tanto em algumas traduções em inglês (5) quanto em português (6), insiste-se em dar-lhe o significado de "Alegria" ou "Prazer", quando de fato, e principalmente em seu uso corriqueiro, "Lust" é mais usada como "Desejo" ou "Anseio" e "Vontade", o que confere um sentido deveras diferente à mensagem do texto.
Contrapondo-se ao Niilismo e ao Pessimismo de Schopenhauer - que inspirado pelos ideais da ascese e do Budismo pregava que a solução para o sofrimento humano era estirpar sua causa primordial, ou seja, o Desejo (pois, se não desejássemos, não sofreriamos...) - Nietzsche escreveu um poema sobre as doze badaladas da meia-noite que despertariam a humanidade. No original em alemão (4), teríamos:
"Eins - Oh Mensch! Gieb Acht!
Zwei - Was spricht die tiefe Mitternacht?
Drei - 'Ich schlief, ich schlief
Vier - Aus tiefem Traum bin ich erwacht:
Fünf - Die Welt ist tief
Sechs - Und tiefer als der Tag gedacht.
Sieben - Tief ist ihr Weh;
Acht - LUST, tiefer noch als Herzeleid:
Neun - Weh spricht: Vergeh!
Zehn - Doch alle Lust will Ewigkeit,
Elf - will tiefe, tiefe Ewigkeit!'
Zwölf!"
Em Inglês, temos a tradução de "Lust" como "Joy" (5) e em Português como "Prazer" (6). Façamos, pois, a substituição desta tradução de Lust como Prazer por Lust como Desejo e vejamos o resultado. Numa versão livre, mas mais próxima do original teríamos:
"Um - Oh Homem! Preste Atenção!
Dois - O que diz a profunda voz da Meia-Noite?
Três- 'Eu dormi, eu dormi
Quatro - De um sono profundo despertei-me:
Cinco - O mundo é profundo,
Seis - E mais profundo do que o dia pensava.
Sete - Profunda é sua dor
Oito - O DESEJO, mais profundo ainda
do que a dor do coração:
Nove - A dor diz: Passe!
Dez - Mas, todo o Desejo quer a eternidade,
Onze - Quer a profunda, profunda Eternidade!'
Doze!"
Ainda que "Joy" possa ter alguma relação com o francês "Joie" (obviamente relacionado ao Português "gozo"), é muito diferente o conceito de prazer, gozo, alegria e o de Desejo, dentro do contexto deste poema de Nietzsche, o que pode também iluminar nossa compreensão sobre o desejo para Deleuze e Guattari, bem como sobre este belíssimo filme de Wim Wenders.
Para 3 cidades de nosso Desejo: Berlim, São Paulo e Marília...
Henrique Marcusso
E-mail: psicocine@yahoo.se
São Paulo, Junho de 2001.
NOTAS
*Notas para discussão do filme "Asas do Desejo" ("Der Himmel über Berlin", Dir. Wim Wenders, Alem., 1988) dentro do terceiro encontro (22 e 23/06/01) do Psicocine (ciclo de filmes e palestras sobre a psicologia do cinema) promovido pelo Grupo PET/Biblioteconomia e pelo projeto "Cinema-Experiência" (grupo de exibição e debates sobre cinema), com o apoio do Departamento de Ciência da Informação, Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, Departamento de Filosofia, Departamento de Sociologia, Conselho de Curso de Filosofia e Conselho de Curso de Biblioteconomia da UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências - Câmpus de Marília, SP, entre maio e outubro de 2001.
**Henrique Marcusso é psicólogo pela PUC/SP, ministra cursos sobre a "Psicologia do Cinema" e sobre a obra do cineasta sueco Ingmar Bergman. Em São Paulo, mantém o "BV Estúdio - Cursos Culturais", escola de Arte e Cultura.
***Trecho do poema do escritor Peter Handke no filme "Asas do Desejo". Tradução: Henrique Marcusso.
Site sobre o filme "Asas do Desejo": wim-wenders.com/
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1 "Der Himmel Über Berlin", Ein Filmbuch von Wim Wenders und Peter Handke, Suhrkamp Verlag, Frankfurt am Main, 1990. (Roteiro original do filme).
2 KEHL, Maria Rita. O desejo da realidade. In: NOVAES, Adauto (Org.). O desejo. São Paulo: Compainha das Letras, 1999.
3 BAREMBLITT, Gregório. Introdução à esquizoanálise. Belo Horizonte: Biblioteca do Instituto Félix Guattari, 1998.
4 NIETZSCHE, Friedrich. Also sprach Zarathustra. Berlin/New York: Gruyter, 1993.
5 NIETZSCHE, Friedrich. Thus spoke Zarathustra. London: Penguin Classics, 1969.
6 NIETZSCHE, Friedrich. Obras Incompletas. São Paulo: Nova Cultural, 1991. v. 1 (Coleção Os Pensadores).
Agradecimentos especiais a André de Araújo, sem cujo empenho o Desejo desse projeto não teria sido concretizado...Parte 2:
http://vimeo.com/16812405
Parte 3 (final):
http://vimeo.com/16798860
http://vimeo.com/16813996
sábado, 18 de junho de 2011
MEMÓRIA
Um vídeo excepcional, que nos ajuda a validar o impacto positivo, que a correcta gestão da nossa memória (pessoal, profissional, empresarial) pode ter na nossa maneira de agir no presente/futuro e consequentes resultados.
Objectivos a atingir
"Nuno Crato aponta 3 ou 4 objectivos simples a atingir em relação à Educação: seriedade na avaliação dos alunos; mais atenção aos conteúdos e menos aos processos; valorizar os Professores; acabar com o Ministério da Educação."
JPS
JPS
Symphony No. 9 - Beethoven - Google Doodle Les Paul
"Segundo dados da Rescue Time, que vende softwares de gerenciamento de tempo, a média de tempo que cada navegador gastou na página inicial do Google aumentou 26 segundos por causa do doodle. Considerando uma média de salários de US$ 25 por hora, e 740 milhões de visitantes por dia, o total perdido pelas 5,3 milhões de horas a mais gastas no motor de busca chega a impressionantes US$ 268 milhões."
K. V.
palavra de ordem para o dia
«O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses, só vos faltam as qualidades.»
Almada Negreiros
Almada Negreiros
sexta-feira, 17 de junho de 2011
DESIGN
“In the Victorian era, each stage of mourning demanded a different color, one of which was lilac. This corset’s jet beading is also associated with mourning. Here, we see McQueen finding poetry and beauty in death.” —Andrew Bolton, curator, The Costume Institute
http://blog.metmuseum.org/alexandermcqueen/corset-dante/
http://blog.metmuseum.org/alexandermcqueen/corset-dante/
Palavra de ordem para o dia
"There is nothing queerer to-day than the importance of unimportant things. Except, of course, the unimportance of important things."
G.K. Chesterton
http://ainabasso.blogspot.com/
G.K. Chesterton
http://ainabasso.blogspot.com/
quinta-feira, 16 de junho de 2011
"Estranho Quotidiano"
J. L. PIO
ABREU*
Para bem ou para mal, o ciclo que findou tem um ícone: Sócrates.
Deificado e diabolizado, sempre em situação adversa, ele foi um político invulgar. Começou por reduzir o défice, reformou a Segurança Social, a Escola e a Saúde. Modernizou costumes atávicos.
Apostou na ciência e fez do país o que mais cresceu
neste domínio. Apostou nas energias renováveis, emprodutos exportáveis de alta tecnologia, e os
resultados, que são lentos, já se começam a ver. Mas
afrontou as corporações e começou a perder.
Aceitou ir quinzenalmente à Assembleia da República
e, aí, defrontava-se com quatro oposições de direita e de esquerda.
Foi combativo, mas gerou crispação. Atacaram-no
por todos os lados. Escrutinaram a vida dele, dos pais, dos tios, dos primos e dos amigos. Acusaram- -no de tudo. Manipularam a sua imagem para criar um preconceito. Quando se defendia diziam que mentia. Quando tentava
ser optimista no meio do pessimismo criado contra si, é porque mentia. A tudo resistiu.
Transformaram-no em bode expiatório da crise financeira internacional.
Mas ele tinha uma solução para o País: ganhar tempo até que a Europa ganhasse juízo com o balão de ensaio
grego. Tiraram-lhe o tapete e tudo seguiu outro rumo. Sabendo que já não era o seu tempo, lutou até ao fim. Quando, dignamente, aceitava a derrota pessoal, ainda
uma jornalista de mau gosto lhe dava facadas.
Um dia se reconhecerá a estatura deste político.
A mediocridade instalada nosmedia não o enxerga
por agora.
*Psiquiatra e professor universitário
Jornal Destak 17-06-2011
ABREU*
Para bem ou para mal, o ciclo que findou tem um ícone: Sócrates.
Deificado e diabolizado, sempre em situação adversa, ele foi um político invulgar. Começou por reduzir o défice, reformou a Segurança Social, a Escola e a Saúde. Modernizou costumes atávicos.
Apostou na ciência e fez do país o que mais cresceu
neste domínio. Apostou nas energias renováveis, emprodutos exportáveis de alta tecnologia, e os
resultados, que são lentos, já se começam a ver. Mas
afrontou as corporações e começou a perder.
Aceitou ir quinzenalmente à Assembleia da República
e, aí, defrontava-se com quatro oposições de direita e de esquerda.
Foi combativo, mas gerou crispação. Atacaram-no
por todos os lados. Escrutinaram a vida dele, dos pais, dos tios, dos primos e dos amigos. Acusaram- -no de tudo. Manipularam a sua imagem para criar um preconceito. Quando se defendia diziam que mentia. Quando tentava
ser optimista no meio do pessimismo criado contra si, é porque mentia. A tudo resistiu.
Transformaram-no em bode expiatório da crise financeira internacional.
Mas ele tinha uma solução para o País: ganhar tempo até que a Europa ganhasse juízo com o balão de ensaio
grego. Tiraram-lhe o tapete e tudo seguiu outro rumo. Sabendo que já não era o seu tempo, lutou até ao fim. Quando, dignamente, aceitava a derrota pessoal, ainda
uma jornalista de mau gosto lhe dava facadas.
Um dia se reconhecerá a estatura deste político.
A mediocridade instalada nosmedia não o enxerga
por agora.
*Psiquiatra e professor universitário
Jornal Destak 17-06-2011
Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado
Final do célebre "Manifesto Anti-Dantas", de José de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
James Joyce
How had he attempted to remedy this state of comparative ignorance? Variously. By leaving in a conspicuous place a certain book open at a certain page: by assuming in her, when alluding explanatorily, latent knowledge: by open ridicule in her presence of some absent other’s ignorant lapse.
James Joyce, Ulysses
terça-feira, 14 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
pássaro azul
jim white- bluebird from a gemini rising on Vimeo.
http://www.thesixtyone.com/
http://www.electricghostmusic.com/electricghost-blog/
http://www.thesixtyone.com/thebloodchoir/#/artist/OhLandmusic/songs/
http://tv.gforum.tv/canal/21/rtp-1/
Somerset Maugham
«Nada no mundo é permanente e, se somos tolos quando desejamos que alguma coisa perdure, somos certamente ainda mais tolos por não sabermos apreciá-la enquanto a temos.
Se a mudança faz parte da essência da existência, dir-se-ia que é no mínimo sensato fazer dela a premissa da nossa filosofia.»
Somerset Maugham - O Fio da Navalha
Se a mudança faz parte da essência da existência, dir-se-ia que é no mínimo sensato fazer dela a premissa da nossa filosofia.»
Somerset Maugham - O Fio da Navalha
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As palavras dos outros,
Somerset Maugham
domingo, 12 de junho de 2011
Texto de Clarice Lispector por David Duarte
Exibição de imagens com trilha de J. Sebastian Bach, para texto de Clarice Lispector, na voz de David Duarte. Ano 2007.
Loopless at Lux Jazz Sessions 3
https://www.youtube.com/watch?v=c8QT7ApeMrc&playnext=1&list=PL706720A778F511F6
sábado, 11 de junho de 2011
tornámo-nos de ar
" Com o tempo, todos os deuses acabaram por tornar-se imperfeitos. Todas as salvações, todos os deveres, todos os caminhos herdados acabaram por revelar a sua ineficácia, a sua incapacidade de conferir a liberdade. Ao fim do alinhamento de todos os séculos, acabámos por deparar com o puro desejo, a contemplação directa da liberdade infinita. Só a liberdade conduz a si própria, só a liberdade inexaurível é real. Alcançámos o nível do homem inventor ; atingimos o cume ; tornámo-nos de ar." (Johan Wiborg)
El Derecho de soñar
O DIREITO DE SONHAR
Eduardo Galeano
Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.
A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua.
Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.
A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.
Lewis Carroll
Alice sighed wearily. "I think you might do something better with the time," she said, "than wasting it in asking riddles that have no answer."
"If you knew Time as well as I do," said the Hatter, "you wouldn't talk about wasting it. It's him."
Lewis Carroll, Alice in Wonderland
"If you knew Time as well as I do," said the Hatter, "you wouldn't talk about wasting it. It's him."
Lewis Carroll, Alice in Wonderland
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Madonna - Bittersweet
In the 13th century Persian poet Rumi (named after the city where he lived) composed works of mysticism and desire that inspired countless people in his own time and throughout the centuries. His poems expressed the deepest longings of the human heart for its beloved, for that transcendent intimacy which is the source of the divine.
Deepak ChopraContemporary spiritualist Deepak Chopra got inspired by Rumi's Love Poems and asked several celebrities to read them to music. Among them are Demi Moore, Goldie Hawn, Martin Sheen, Debra Winger and of course Madonna. Madonna choose the poem Bittersweet.
Devoted Madonnafan Barney Medunic also used an acapella version of the track for his great (unofficial) remix Whirling and Dancing, which was very popular on Napster.
In my hallucination
I saw my Beloved's flower garden
In my vertigo
In my dizziness
In my drunken haze
Whirling and dancing like a spinning wheel
I saw myself as the source of existence
I was there in the beginning
And I was the Spirit of Love
Now I am sober
There is only the hangover
And the memory of love
And only the sorrow
I yearn for happiness
I ask for help
I want mercy
And my Love says
"Look at me and hear me
Because I am here just with that"
I am your moon and your moonlight too
I am your flower garden and your water too
I have come all this way eager for you
Without shoes or shawl
I want you to laugh
To kill all your worries
To love you
To nourish you
Oh the sweet bitterness
I will soothe you and heal you
I will bring you roses
I too have been covered with thorns
Waterboys • The Whole of the Moon • 1985 Concert
The Whole of the Moon
-----------------------
I pictured a rainbow
You held in your hands
I had flashes
But you saw then plan
I wondered out in the world for years
While you just stayed in your room
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
You were there at the turnstiles
With the wind at your heels
You stretched for the stars
And you know how it feels
To reach too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon!
I was grounded
While you filled the skies
I was dumbfounded by truths
You cut through lies
I saw the rain-dirty valley
You saw brigadoon
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!
I spoke about wings
You just flew
I wondered, I guessed, and I tried
You just knew
I sighed
But you swooned
I saw the crescent
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
With a torch in your pocket
And the wind at your heels
You climbed on the ladder
And you know how it feels
To reach too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
Unicorns and cannonballs,
Palaces and piers,
Trumpets, towers, and tenemets,
Wide oceans full of tears,
Flag, rags, ferry boats,
Scimitars and scarves,
Every precious dream and vision
Underneath the stars
You climbed on the ladder
With the wind in your sails
You came like a comet
Blazing your trail
Too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon!
Waterboys • The Whole of the Moon • 1985 Concert
"You came like a comet" ... a música foi composta nas vésperas da passagem do cometa Halley ... que só voltará a cruzar os nossos céus em 2061/62.
Song
Where the mind is without fear,
and the heart is held high,
Where the world is not broken up into fragments
by narrow domestic walls,
Where the words came out from
the depths of truth,
Where tireless striving stretches its arms
towards perfection;
Where the clear stream of reason has not lost its
way into the dreary desert sand of dead habits,
Where the mind is led forward by thee into
everwidening thought and action -
Into that heaven of freedom,
My father, let my country awake
Rabindranath Tagore
and the heart is held high,
Where the world is not broken up into fragments
by narrow domestic walls,
Where the words came out from
the depths of truth,
Where tireless striving stretches its arms
towards perfection;
Where the clear stream of reason has not lost its
way into the dreary desert sand of dead habits,
Where the mind is led forward by thee into
everwidening thought and action -
Into that heaven of freedom,
My father, let my country awake
Rabindranath Tagore
Friedrich Nietzsche
"A moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a humanidade. "Friedrich Nietzsche
quinta-feira, 9 de junho de 2011
The beatles-In my life(legenda em portugues)
https://www.youtube.com/watch?v=7e4ySOLj94c&feature=related
Provocações -Lisbon Revisited 1923 (Alvaro de Campos) - Antonio Abujamra...
NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
O tempo transforma tudo em tempo:
http://www.youtube.com/watch?v=tgsrkBqI54g
Sobre o Autor: Fernando Pessoa (1888 - 1935) nasceu em Lisboa. Considerado um dos mais importantes poetas modernistas. Criou heterônimos famosos como Alberto Caieiro, Ricardo Reis e Álvaro Campos.
"When You Are Old" by W. B. Yeats
https://www.youtube.com/watch?v=TV11s8Mj1U4&feature=player_embedded#at=13
quarta-feira, 8 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
bill Frisell quartet - 20 oct 2009
https://www.youtube.com/watch?v=FilXXZa_0LM&feature=player_embedded
New Order - Your Silent Face (Power, Corruption & Lies) 1983
https://www.youtube.com/watch?v=WUz-_jssDHs&feature=player_embedded
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Ganha coragem
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive à sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
(Mahatma Gandhi)
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive à sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
(Mahatma Gandhi)
domingo, 5 de junho de 2011
Em todo o começo reside um encanto
"Em todo o começo reside um encanto
Que nos protege e ajuda a viver.
Serenos transponhamos espaço após espaço,
Não nos prendendo a nenhum como a um lar;
Ser-nos corrente ou parada não quer o espírito do mundo
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.
Mal nos habituamos a um círculo de vida,
Íntimos, ameaça-nos o torpor;
Só aquele que está pronto a partir e parte
Se furtará à paralisia dos hábitos."
Hermann Hesse
Que nos protege e ajuda a viver.
Serenos transponhamos espaço após espaço,
Não nos prendendo a nenhum como a um lar;
Ser-nos corrente ou parada não quer o espírito do mundo
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.
Mal nos habituamos a um círculo de vida,
Íntimos, ameaça-nos o torpor;
Só aquele que está pronto a partir e parte
Se furtará à paralisia dos hábitos."
Hermann Hesse
Entre nós e as palavras
"You Are Welcome to Elsinore" in «Pena Capital», 1957.
Mário Cesariny, dito pelo próprio.
Música: Excerto do 3º Andamento da Sinfonia nº 3 de Henrik Górecki («Symfonia Pieśni Żałosnych» - Sinfonia das Canções Tristes).
Clip no fim: Fragmento da sequência final do filme de Michelangelo Antonioni, «Zabriskie Point».
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
A Vida não me Desapontou
Não, a vida não me desapontou! Pelo contrário, todos os anos a acho melhor, mais desejável, mais misteriosa... desde o dia em que vejo a mim a grande libertadora, a ideia de que a vida podia ser experiência para aqueles que procuram saber, e não dever, fatalidade, duplicidade! Quanto ao próprio conhecimento,seja ele para outros aquilo que quiser, um leito de repouso, ou o caminho para um leito de repouso, ou distracção ou vagabundagem, para mim é um mundo de perigos, é um universo de vitórias onde os sentimentos heróicos têm a sua sala de baile. «A vida é um meio de conhecimento»; quando se tem este princípio no coração, pode viver-se não somente corajoso mas feliz, pode-se rir alegremente! E quem, de resto, se ouvirá, portanto, a bem rir e a bem viver se não for primeiramente capaz de vencer e de guerrear?
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
«A literatura, por exemplo e toda a criação artística são actos que se praticam no presente do indicativo e podemos descortinar nelas um somatório de obras do passado com espreitadelas para o futuro adivinhável ou supostamente adivinhável.
Ainda hoje falamos da epopeia de Gil Gamesh, em Homero, em Sócrates, em Lao-Tsé, em Dante, em Boécio, em Copérnico, em Cervantes, em Santo Agostinho e tantas outras figuras patrimoniais. Muita coisa, muitas recordações daquelas que a humanidade guarda no coração como essências culturais ainda não terminaram fruto da sua própria conservação, virtude das mãos e da cabeça do homem.»
Cristina Carvalho
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
«A literatura, por exemplo e toda a criação artística são actos que se praticam no presente do indicativo e podemos descortinar nelas um somatório de obras do passado com espreitadelas para o futuro adivinhável ou supostamente adivinhável.
Ainda hoje falamos da epopeia de Gil Gamesh, em Homero, em Sócrates, em Lao-Tsé, em Dante, em Boécio, em Copérnico, em Cervantes, em Santo Agostinho e tantas outras figuras patrimoniais. Muita coisa, muitas recordações daquelas que a humanidade guarda no coração como essências culturais ainda não terminaram fruto da sua própria conservação, virtude das mãos e da cabeça do homem.»
Cristina Carvalho
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'As Noites Afluentes'
"Não me conformo com as pequenas injustiças. Aceito as grandes, porque são inevitáveis, como as catástrofes, e atestam a impotência dos deuses.
Aquela criança, descalça, apenas precisava de uns sapatos. Se tivesse nascido sem pés, não era tão grande a minha revolta."
António Arnaut, in 'As Noites Afluentes'
Aquela criança, descalça, apenas precisava de uns sapatos. Se tivesse nascido sem pés, não era tão grande a minha revolta."
António Arnaut, in 'As Noites Afluentes'
quinta-feira, 2 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Leonard Cohen - Hallelujah
Leonard Cohen foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.
Mayer Rothschild
«Give me control of a nation's money supply and I care not who writes its laws»
Mayer Rothschild (1774-1812)
Mayer Rothschild (1774-1812)
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