Não, a vida não me desapontou! Pelo contrário, todos os anos a acho melhor, mais desejável, mais misteriosa... desde o dia em que vejo a mim a grande libertadora, a ideia de que a vida podia ser experiência para aqueles que procuram saber, e não dever, fatalidade, duplicidade! Quanto ao próprio conhecimento,seja ele para outros aquilo que quiser, um leito de repouso, ou o caminho para um leito de repouso, ou distracção ou vagabundagem, para mim é um mundo de perigos, é um universo de vitórias onde os sentimentos heróicos têm a sua sala de baile. «A vida é um meio de conhecimento»; quando se tem este princípio no coração, pode viver-se não somente corajoso mas feliz, pode-se rir alegremente! E quem, de resto, se ouvirá, portanto, a bem rir e a bem viver se não for primeiramente capaz de vencer e de guerrear?
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
«A literatura, por exemplo e toda a criação artística são actos que se praticam no presente do indicativo e podemos descortinar nelas um somatório de obras do passado com espreitadelas para o futuro adivinhável ou supostamente adivinhável.
Ainda hoje falamos da epopeia de Gil Gamesh, em Homero, em Sócrates, em Lao-Tsé, em Dante, em Boécio, em Copérnico, em Cervantes, em Santo Agostinho e tantas outras figuras patrimoniais. Muita coisa, muitas recordações daquelas que a humanidade guarda no coração como essências culturais ainda não terminaram fruto da sua própria conservação, virtude das mãos e da cabeça do homem.»
Cristina Carvalho
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