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"Para a Sociedade Britânica de Psicologia, o termo “hipnose” assinala a relação que se dá entre uma pessoa, o “hipnotizador”, e outra pessoa, ou pessoas, o “sujeito” ou “sujeitos”. Nesta interação, o hipnotizador tenta atuar ao nível da perceção, dos sentimentos, dos pensamentos e dos comportamentos dos sujeitos, pedindo-lhes que se concentrem numa ideia ou imagem capazes de provocar os efeitos que se pretendem atingir.
A comunicação verbal que o hipnotizador utiliza para atingir esses efeitos designa-se por sugestão. As sugestões implicam que as respostas experimentadas pelos sujeitos tenham um carácter involuntário ou se experimentem sem esforço.
Os sujeitos podem aprender a desenvolver os procedimentos hipnóticos sem a necessidade do hipnotizador, processo este denominado “auto-hipnose”. O grau de sugestão que o sujeito possa ter, parece ser uma variável que determina a eficácia da hipnose e dos seus efeitos a longo prazo.
Em adultos com cancro, sujeitos a uma variedade de situações stressantes e de tratamentos, foi demonstrado, em vários estudos que, a hipnose reduz o “mal-estar”.
Esses estudos foram conduzidos por uma série de investigadores que usaram vários tipos de desenhos experimentais. Para além da eficácia comprovada da hipnose na gestão e controlo dos sintomas da doença e nos efeitos agressivos dos tratamentos, é também segura, não apresentando nenhum efeito secundário na interação com os tratamentos médicos.
Normalmente, os pacientes desfrutam da experiência hipnótica, obtendo um alívio sem efeitos desagradáveis. Não existe qualquer redução no funcionamento normal ou da capacidade mental por efeito da aplicação da hipnose. É uma habilidade que o individuo pode, facilmente, aprender, fornecendo um sentido de domínio e controlo sobre os seus problemas e sentimentos, tais como: o desamparo e a impotência. Outro benefício adicional é que a hipnose pode ser generalizada para muitas outras circunstâncias. O doente que aprende hipnose pode controlar a dor, as náuseas, os vómitos e pode aplicar os seus conhecimentos para diminuir a angústia da insónia e ansiedade.
Os doentes com cancro podem beneficiar bastante da aplicação da hipnose nas unidades de oncologia dos hospitais. Em termos de prática clínica, para que haja um controlo ideal dos sintomas dos doentes é necessário requerer uma abordagem integrada entre o tratamento médico e psicológico. A hipnose é uma psicoterapia que se pode tornar integrante na abordagem ao tratamento multidisciplinar do cancro."
Referência Bibliográfica: Liossi, C. (2006). Hypnosis in Cancer Care. Contemporary Hypnosis, 23 (1), 47-57.
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