MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
O dúbio mascarado, o mentiroso
afinal, que passou na vida incógnito,
o Rei-Lua postiço, o falso atónito,
bem no fundo o covarde rigoroso...
Em vez de Pajem bobo presunçoso,...
sua alma de neve asco de um vómito,
seu ânimo cantado como indómito
um lacaio invertido e pressuroso...
O sem nervos nem ânsia, o papa-açorda...
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal,
o corrido, o raimoso, o desleal,
o balofo arrotando o Império astral,
o mago sem condão, o Esfinge Gorda...
O dúbio mascarado, o mentiroso
afinal, que passou na vida incógnito,
o Rei-Lua postiço, o falso atónito,
bem no fundo o covarde rigoroso...
Em vez de Pajem bobo presunçoso,...
sua alma de neve asco de um vómito,
seu ânimo cantado como indómito
um lacaio invertido e pressuroso...
O sem nervos nem ânsia, o papa-açorda...
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal,
o corrido, o raimoso, o desleal,
o balofo arrotando o Império astral,
o mago sem condão, o Esfinge Gorda...
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