"Ah! Os mistérios da alma e dos sentidos!
Os desígnios desconhecidos que nos embarcam no rio da existência, águas tormentosas e, de repente, pacíficas.
Enigmas insondáveis esses, do sangue que nos corre nas veias, da pele que nos cobre o corpo, todos os nervos, tendões e os maravilhosos órgãos que nos permitem existir e tudo isto se reduz a nada quando a alma, essa que não existe, não é palpável, mas que é o toque do divino, o que de nós se liga ao incomensurável, quando a alma toma conta de nós, transformando-nos em barro, mais leves e maleáveis que o pó à beira da estrada.
Os mistérios dos sentidos são mistérios, porque de outra forma há muito que a raça humana, conhecesse ela o segredo da alquimia da junção da alma e sentidos, se teria mutilado, devorado, evaporado da face da Terra, tal é a força desta união."
Luísa Castel-Branco
in: Não Digas a Ninguém - Oficina do Livro
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