Esse travo na língua a fermentar no corpo
A febre a nascer a crescer debaixo
Em baixo a saia a subir nas coxas e esse cheiro mais grosso se entreabro
Asa pernas os lábios e o gosto onde o sabor da amêndoa se torna mais amargo
É esse o momento o instante exacto em que tudo se prende ao gesto sem sentido
A calda no ponto deixa a língua em brasa
E eu tiro pela cabeça o meu vestido
MARIA TERESA HORTA, in DESTINO (Quetzal, 1998), in AS PALAVRAS DO CORPO (D. Quixote, 2012)
http://youtu.be/Fo0K_n3VLG4
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