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domingo, 21 de março de 2010

Almada Negreiros

Mãe!

Mãe! dói-me o peito. Bati com o peito contra a estátua que tem em cima o
verbo ganhar. Ainda não sei como foi. Eu ia tão contente! eu ia a pensar em ti e
no verbo ganhar. Estava tudo a ser tão fácil! Já estava a imaginar a tua alegria
quando eu voltasse a casa com o verbo saber e o verbo ganhar, um em cada
mão!
Dói-me muito o peito, Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro

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